A fome que me ataca
Não vem do estômago vazio
Ou de um prato ausente
Num dia de frio.
A fome que me ataca
Não fere o corpo,
Não esvazia um copo
Buscando deleite
Num copo de leite.
Essa fome não se sacia
Da boca p’ra dentro,
No garfo, na língua,
No teor da saliva.
A fome que tenho
Não vem da miséria
Que causa mazela,
Mal de nosso tempo.
É uma fome poética,
Oh, mente faminta!
Que reclama versos,
Tempero das linhas.
Tal culinária,
Alimento da alma,
Reclamo com fome
Em minha poesia.
Por Mao Punk: Decidi divulgar poesias minhas por email para alguns amigos. Uma amiga, LOah, criou esse blog com tais poesias e me permitiu editá-lo. VALEU,LOAH! Você me ajudou a expandir a expressão! Eis poesias que escrevi entre 2006 aos dias de hoje. Estão fora de cronologia,mas a expressão é livre para isso! Mais uma vez, valeu, LOah! E obrigado a todxs que leem o blog! Sem vocês a expressão ficaria limitada! PAZ E ANARQUIA!
Respeite a arte! Ao reproduzir em outros lugares a obra de algum artista, cite o autor. Todas as poesias aqui presentes foram escritas por Mao Punk.
Visite também meu blog de textos: RESQUÍCIOS DEPRESSIVOS, SUJOS E NOJENTOS .
Textos que expõem a fragilidade e indecência humanas de forma irônica, metafórica e sem embelezamentos.
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