Respeite a arte! Ao reproduzir em outros lugares a obra de algum artista, cite o autor. Todas as poesias aqui presentes foram escritas por Mao Punk.

Visite também meu blog de textos: RESQUÍCIOS DEPRESSIVOS, SUJOS E NOJENTOS .
Textos que expõem a fragilidade e indecência humanas de forma irônica, metafórica e sem embelezamentos.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

ALQUIMIAS E QUIMERAS

Morre não, amiga!
Morre não!
Que se morre
Eu que vou ao chão.
Deixo o pranto cair
Junto comigo
E eu, seu amigo,
Penarei sem escrever.
Isso porque, amiga minha,
Não escrevo sem você.

Morre não, amiga!
Morre não!
Que se morre,
Morro de solidão.
E aí não tem mais pranto,
Nem poeta pra chorar,
Nem verso... só o ponto
Que nos finda, amiga.
Morre não! Que me sustenta!
Viva sempre, poesia!

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

A ÚLTIMA DANÇA DO POETA

Ele imaginou a cortina abrir,
Viu bailar o corpo qual pluma ao ar.
Essa pluma aos lábios lhe foi pousar
E cerrou os olhos, p'ra melhor sentir.

Pois eram seus lábios o palco mais belo
Onde a bailarina, como jamais vista,
Se entregava plena. E brilhou na pista
Ao dançar na boca do rapaz um beijo.

Todo o permitido era imaginar.
Mas sua vontade não quis se calar:
De tanto gritar se fizera rouca.

Ninguém conseguiu ouvir seu penar
E a vida dura quer apresentar
A tal bailarina dançando outras bocas.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

POBRE POETA

Oh, pena! Pobre poeta!
O coitado se encantou.
Foi tentar versar a dança
Mas a dança é que o versou.

Agora o pobre poeta
Ao versar logo imagina
Se é ele o autor do verso
Ou se o verso é a bailarina.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

PRODUTO DA TESE DE UM PENSAMENTO AUTORREFUTÁVEL

Pensando em um sentido para o sentimento,
Sentiu-se o deixar de se sentir.