Doar-se, peito e alma, à causa que, em suma,
Não haverá de ser senão nova tortura,
Perder tanto da vida em algo tão infante!
Infante, pois já mostra a que nos leva a história,
Tamanho sentimento assim por fim nos mata.
Matei-me, céus, matei-me! E a vida foi ingrata:
Não vi nenhuma flor jogada em minha memória!
E morto pelo acaso, morto, há lamento
Por descuidar de mim enquanto havia tempo,
Por ter doado mais de mim do que podia.
Já não há ilusão de encontrar bonança,
Morrera com meu peito o resto de esperança
E morrem mais sorrisos ao passar do dia.
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