Viveu p’ra morrer,
Morreu sem viver.
Sentiu o cheiro da merda,
Sentiu o gosto do medo.
Foi preso inocente
E condenado à morte.
Gritou desesperado,
Foi torturado friamente:
Foi pendurado pelas pernas
E teve a garganta cortada,
Se debateu no sangue
Até encontrar a morte.
Foi esquartejado
Indiferentemente.
Toda sua família
Teve o mesmo fim.
Viveu p’ra morrer,
Morreu sem viver,
Pois foi assassinado
Para chegar ao açougue.
Mataram um animal...
Por Mao Punk: Decidi divulgar poesias minhas por email para alguns amigos. Uma amiga, LOah, criou esse blog com tais poesias e me permitiu editá-lo. VALEU,LOAH! Você me ajudou a expandir a expressão! Eis poesias que escrevi entre 2006 aos dias de hoje. Estão fora de cronologia,mas a expressão é livre para isso! Mais uma vez, valeu, LOah! E obrigado a todxs que leem o blog! Sem vocês a expressão ficaria limitada! PAZ E ANARQUIA!
Respeite a arte! Ao reproduzir em outros lugares a obra de algum artista, cite o autor. Todas as poesias aqui presentes foram escritas por Mao Punk.
Visite também meu blog de textos: RESQUÍCIOS DEPRESSIVOS, SUJOS E NOJENTOS .
Textos que expõem a fragilidade e indecência humanas de forma irônica, metafórica e sem embelezamentos.
terça-feira, 27 de abril de 2010
segunda-feira, 26 de abril de 2010
MOSTRE SEUS SEIOS
Ah, morena!
Mostre seus seios!
Deixe tal formosura à mostra.
Mostre seus seios, morena,
Que dizem
Mais do que mil palavras expostas.
Ah, morena!
Mostre seus seios!
Estes que quebram correntes inteiras.
Mostre seus seios, morena
Formosa!
Mostre seus seios de qualquer maneira!
Ah, morena!
Mostre seus seios!
Seios que gritam toda liberdade.
Mostre seus seios, morena.
Atitude!
E desacate toda autoridade!
Ah, morena!
Mostre seus seios!
Mostre que eu gosto de vê-los assim.
Mostre seus seios, morena.
Rebele-se!
A ditadura não chegou ao fim.
Mostre seus seios!
Deixe tal formosura à mostra.
Mostre seus seios, morena,
Que dizem
Mais do que mil palavras expostas.
Ah, morena!
Mostre seus seios!
Estes que quebram correntes inteiras.
Mostre seus seios, morena
Formosa!
Mostre seus seios de qualquer maneira!
Ah, morena!
Mostre seus seios!
Seios que gritam toda liberdade.
Mostre seus seios, morena.
Atitude!
E desacate toda autoridade!
Ah, morena!
Mostre seus seios!
Mostre que eu gosto de vê-los assim.
Mostre seus seios, morena.
Rebele-se!
A ditadura não chegou ao fim.
terça-feira, 20 de abril de 2010
SUMMER S(HI)TATION ou NEOCONCRETISMO VERÃO 2010
Well, Oiticica,
This is the new station!
In these modern days
There's not consolation,
Cause parangolé
Turns to rebolation!
This is the new station!
In these modern days
There's not consolation,
Cause parangolé
Turns to rebolation!
quinta-feira, 15 de abril de 2010
INFLUESSÊNCIA
Se me entristeço, não sou Florbela.
Não se faz bela como a flor a poesia.
Se me apaixono, como queria
Que fosse o verso qual Camões então fizera!
Não criativo. Assim pareço aos demais
Tão logo que Leminski é lembrado.
Se sou amante, digo sou mais frustrado
Se comparado a Vinícius de Moraes.
Tanto à mente. Quase sou muitos,
Mas nunca muitos como Fernando Pessoa.
No mar da vida nem sou lagoa!
Deixo à Meireles este oceano profundo.
Não canto a morte, pois eu não sei
Como fazê-lo belamente qual Bandeira.
Em meu caminho, se há pedreira
Não sou Drummond p’ra lhe contar como ele fez.
Eu sou poeta? Que posso ser?
O que são eles? O que é quem quer que escreva?
Se sou poeta, é minha leveza!
Mas nada faço. Nada além de me escrever.
Não se faz bela como a flor a poesia.
Se me apaixono, como queria
Que fosse o verso qual Camões então fizera!
Não criativo. Assim pareço aos demais
Tão logo que Leminski é lembrado.
Se sou amante, digo sou mais frustrado
Se comparado a Vinícius de Moraes.
Tanto à mente. Quase sou muitos,
Mas nunca muitos como Fernando Pessoa.
No mar da vida nem sou lagoa!
Deixo à Meireles este oceano profundo.
Não canto a morte, pois eu não sei
Como fazê-lo belamente qual Bandeira.
Em meu caminho, se há pedreira
Não sou Drummond p’ra lhe contar como ele fez.
Eu sou poeta? Que posso ser?
O que são eles? O que é quem quer que escreva?
Se sou poeta, é minha leveza!
Mas nada faço. Nada além de me escrever.
sábado, 10 de abril de 2010
PREITO À PRISCILLA
Deixara aos infames o descontentamento
De menosprezar os corações terceiros.
Pois tal triste ato qual tormento n’alma
Não afeta o peito que se acolhe em calma.
Calma de aceitar tamanha diferença,
De abraçar, serena, o que não se assemelha,
De unir as mentes entre um terno abraço
E juntá-las firmes, envolvendo em laço.
Tu, Priscilla, não prendeste a mente
Como tantas outras, tais indiferentes
À bela magia de ampliar o olhar.
Tu, Priscilla, sabes agradar!
Peço-te manter, assim constantemente,
Dádiva de conhecer ao outro e respeitar.
De menosprezar os corações terceiros.
Pois tal triste ato qual tormento n’alma
Não afeta o peito que se acolhe em calma.
Calma de aceitar tamanha diferença,
De abraçar, serena, o que não se assemelha,
De unir as mentes entre um terno abraço
E juntá-las firmes, envolvendo em laço.
Tu, Priscilla, não prendeste a mente
Como tantas outras, tais indiferentes
À bela magia de ampliar o olhar.
Tu, Priscilla, sabes agradar!
Peço-te manter, assim constantemente,
Dádiva de conhecer ao outro e respeitar.
quinta-feira, 8 de abril de 2010
LÁ VAI MARIA E JOÃO
Lá vai Maria e João
Entre tal desarmonia.
Planeta Terra de areia
Escorrendo o tempo que havia,
Escorrendo lágrima ao Sol,
Escorrendo vidas à chuva,
Escorrendo a mente nas ruas,
Escorrendo gritos à Lua.
Lá vai Maria e João.
Um diz sim, outro diz não,
Um diz “tal”, o outro diz “mau”,
Um é circo, o outro é pão.
Rasgam aflitos jornais,
Desligam a televisão.
Eles deitam sob lençóis
E esquecem o que passou.
Lá vai Maria e João.
Outro dia veio a nascer.
Em algum hospital, ou não,
Como o dia, nasce um bebê.
E nas ruas os cidadãos
Passam entre carros e caos,
Passam entre coisas e caem
Entre muros como quintais.
Lá vai Maria e João,
Em silêncio, na negação
Do que vivem, sob opressão,
Entre pilhas de corpos ao chão.
Não aguentam a cor carmim
Que não surge da flor no jardim,
Não notaram sequer algo assim,
Mas caminham à beira do fim.
Lá vai Maria e João.
Um retrato, um quadro à vista,
Uma foto para revista
Sem passar por qualquer revisão.
Violência já não suportam,
Mas não sabem dar um trato.
Ninguém quer sangue em vão
Mas colocam sangue no prato.
Lá vai Maria e João,
Lá vai Josefa e José,
Lá vai um e um milhão,
Lá vai aquele e você.
Entre tal desarmonia.
Planeta Terra de areia
Escorrendo o tempo que havia,
Escorrendo lágrima ao Sol,
Escorrendo vidas à chuva,
Escorrendo a mente nas ruas,
Escorrendo gritos à Lua.
Lá vai Maria e João.
Um diz sim, outro diz não,
Um diz “tal”, o outro diz “mau”,
Um é circo, o outro é pão.
Rasgam aflitos jornais,
Desligam a televisão.
Eles deitam sob lençóis
E esquecem o que passou.
Lá vai Maria e João.
Outro dia veio a nascer.
Em algum hospital, ou não,
Como o dia, nasce um bebê.
E nas ruas os cidadãos
Passam entre carros e caos,
Passam entre coisas e caem
Entre muros como quintais.
Lá vai Maria e João,
Em silêncio, na negação
Do que vivem, sob opressão,
Entre pilhas de corpos ao chão.
Não aguentam a cor carmim
Que não surge da flor no jardim,
Não notaram sequer algo assim,
Mas caminham à beira do fim.
Lá vai Maria e João.
Um retrato, um quadro à vista,
Uma foto para revista
Sem passar por qualquer revisão.
Violência já não suportam,
Mas não sabem dar um trato.
Ninguém quer sangue em vão
Mas colocam sangue no prato.
Lá vai Maria e João,
Lá vai Josefa e José,
Lá vai um e um milhão,
Lá vai aquele e você.
terça-feira, 6 de abril de 2010
O VERBO DE KIMBERLY
Se então olhasse em teus olhos
Encontrar-me-ia em descanso,
Em leito de brilho tão manso
Qual aconchego d'um colo.
Teu verbo, afago e acalanto,
Sabor de meus novos ventos,
Beijou-me em doce momento,
Fez d'ouro o cair de meu pranto.
Ah! se olhasse em teus olhos
Modéstia seriam mil luzes
Brilhando em raios solares:
Meus olhos queimariam n'água,
Mil luzes não seriam nada
Diante do encontro de olhares.
Encontrar-me-ia em descanso,
Em leito de brilho tão manso
Qual aconchego d'um colo.
Teu verbo, afago e acalanto,
Sabor de meus novos ventos,
Beijou-me em doce momento,
Fez d'ouro o cair de meu pranto.
Ah! se olhasse em teus olhos
Modéstia seriam mil luzes
Brilhando em raios solares:
Meus olhos queimariam n'água,
Mil luzes não seriam nada
Diante do encontro de olhares.
sexta-feira, 2 de abril de 2010
THAIS MEDEIROS E SUA ARTE DE ENCANTAMENTO
Perder-me nos traços da atriz,
No fulgor de tão bela figura, eu quis.
Figurar este tolo fascínio infeliz
Eu quis. Por um triz
Meu peito não é deixado p'ra trás,
No teatro que nalgum ato traz
A arte com um toque de arte a mais:
A parte impecável que nela se faz.
Perder-me nos traços da atriz,
No fulgor de tão bela figura, eu quis.
Figurar este tolo fascínio infeliz,
Entregue assim, feito arte, à Thais.
No fulgor de tão bela figura, eu quis.
Figurar este tolo fascínio infeliz
Eu quis. Por um triz
Meu peito não é deixado p'ra trás,
No teatro que nalgum ato traz
A arte com um toque de arte a mais:
A parte impecável que nela se faz.
Perder-me nos traços da atriz,
No fulgor de tão bela figura, eu quis.
Figurar este tolo fascínio infeliz,
Entregue assim, feito arte, à Thais.
SUTIL ATRIZ DO TEATRO
Na peça, a peça impecável!
Nada que impeça a pressa
De meu olhar lhe avistar.
Oh, se quiseres peça!
Peça que sou tua peça
P'ra estrelar ao teu olhar.
Nada que impeça a pressa
De meu olhar lhe avistar.
Oh, se quiseres peça!
Peça que sou tua peça
P'ra estrelar ao teu olhar.
quinta-feira, 1 de abril de 2010
VERSOS VERSUS VERSÍCULOS
Eram tempos de cegueira.
Temor por medo de penitência,
Crença imposta qual falsidade,
Preces fuga da realidade,
Mente aflita com incertezas.
Eram tempos de cegueira.
Um amor que não havia,
Confiança programada,
Uma fé automatizada
E um livro de mentiras.
Eram tempos de cegueira.
Era a venda em minha vista,
Mas, soltas, as minhas mãos
Desnudaram minha visão
E trouxeram-me a vida.
Eram tempos de cegueira.
Vivo hoje a fé tão livre,
Sincera, por vir do peito,
Hoje não vivo o tormento
Pois eu dei adeus a Deus.
Temor por medo de penitência,
Crença imposta qual falsidade,
Preces fuga da realidade,
Mente aflita com incertezas.
Eram tempos de cegueira.
Um amor que não havia,
Confiança programada,
Uma fé automatizada
E um livro de mentiras.
Eram tempos de cegueira.
Era a venda em minha vista,
Mas, soltas, as minhas mãos
Desnudaram minha visão
E trouxeram-me a vida.
Eram tempos de cegueira.
Vivo hoje a fé tão livre,
Sincera, por vir do peito,
Hoje não vivo o tormento
Pois eu dei adeus a Deus.
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