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sexta-feira, 4 de setembro de 2020

SONETO À BORBOLETA

Roubara-me a frieza que havia,
Tomou-a despretensiosamente,
Pusera em seu lugar algo crescente
Que ainda hei de saber o que seria.

Deixara-me exposto à primazia
Das primaveras antes não presentes,
Florira meus jardins então ausentes
De cores tais, de finas alegrias.

Eu temo e desconheço, todavia,
A sensação que outrora não sentia,
Porém não há temor que não se enfrente,

Tal como a borboleta que escondia
Em seu casulo o medo, mas um dia
Saíra alçando voo livremente!

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