Os olhos inda cheios duma fria terra,
E a putrefação funesta que me encerra
A corroer-me o resto da matéria fria.
O passo arrastado, o corpo que concerne
Ao moribundo ritmo dos passos dados,
Que tanto esforço faz sem nada alcançado,
Confunde-se afinal c'o rastejar de vermes.
Sou eu matéria morta que por inocência
Ousou sair da tumba por inconsequência,
Deixou o seu sepulcro num descuido tolo.
Pois volte, morto, volte à cova, sua essência!
Deixe que o silêncio seja a indulgência
A confortar o escuro breu do eterno sono.
E a putrefação funesta que me encerra
A corroer-me o resto da matéria fria.
O passo arrastado, o corpo que concerne
Ao moribundo ritmo dos passos dados,
Que tanto esforço faz sem nada alcançado,
Confunde-se afinal c'o rastejar de vermes.
Sou eu matéria morta que por inocência
Ousou sair da tumba por inconsequência,
Deixou o seu sepulcro num descuido tolo.
Pois volte, morto, volte à cova, sua essência!
Deixe que o silêncio seja a indulgência
A confortar o escuro breu do eterno sono.
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