Engulo a seco o que me come vivo.
Não há motivo para o que me invade.
Há tanta mágoa para haver saudade!
Há tanta vida para eu ser cativo!
Quando decido não ser impulsivo
E refletir no que virá mais tarde,
Por não fazer tenho tranquilidade,
Mas por pensar tenho meu prejuízo,
Pois sendo o peito sempre tão esquivo
Do que a razão tem como regozijo,
Ouvir razão é quase crueldade:
O peito tanto aperta, compulsivo,
Que a razão perde seu próprio siso
E nem o verso traz serenidade.
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