Penso em rever meu conceito sobre o Amor,
Talvez porque o Amor não tenha conceito.
Pude estar errado o tempo inteiro sobre o Amor,
Talvez porque o Amor nunca está errado.
O errado sou eu, que criei conceitos.
O errado sou eu, que não admito que o Amor
– Ah, o Amor! –, o Amor
é mais livre que eu!
E sou tão tolo que não percebi, ao redor,
O Amor sempre por lá, por aqui, por aí...
Se a poesia que vivo é o Amor que reconheço,
Tudo que fiz de mais profundo era Amor!
Sempre dei Amor em tudo o que pude.
E quando cartas não entregues se calam,
Nas gavetas, nos cadernos, entre folhas,
Então estou calando o Amor próprio,
Já que a escrita é um sentimento íntimo.
Estou calando o Amor que vem de mim,
Estou calando uma carta de Amor!
Amor para quem? Para outrem? Para mim?
Nada importa! Nada disso interessa,
Pois é somente o Amor quem decide
A grandiosidade de si mesmo.
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