Não pude entregar os versos a
ela.
Ela chorava. E não pude entregar
os versos a ela.
Não consegui romper o pranto com a poesia.
Não consegui romper o pranto com a poesia.
E por não o fazer, no meu peito
também
Há um pranto desconsolado,
frustrado.
Ah, se ela soubesse que havia
verso!
Ah, se ela soubesse que seu
pranto é o meu!
Apenas a vi sem querer. E a vi
chorar.
Decerto que nunca mais, em momento algum,
Decerto que nunca mais, em momento algum,
Tornarei a vê-la. Mas o pranto
dela é meu pranto
E sua dor é a dor que ela deixou
em mim.
Sua dor é todo verso que
escrevo.
Sua dor é a poesia que tenho
comigo.
Não pude entregar os versos a
ela,
Mas eu os escrevi. E não posso,
por nada,
Deixá-los morrer. Alguém os
necessita!
Portanto exponho aqui nossas
dores,
Exponho nós dois, como um,
nestes versos
Que eram tão dela, tão eu, tão
nós...
E agora são todos, são versos de
todos!
Palavras Caladas Que Agora São
Nossas:
“Não há pranto que não regue!
Este sal que cai do rosto
Nutrirá, com novo gosto,
O sorriso que prossegue.”
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