Vê se pode:
Botaram verso no caminho do poeta
(Vocês devem saber que o poeta nem sempre escreve versos,
Apenas coleta os versos que encontra pelo caminho,
Escondidos por entre casas, caos, cacos e coisas),
Quase que tropeça, coitado!
Mas ao invés disso, sentiu em seus passos essa parte de poema,
Pegou o que encontrou,
Juntou com outros versos que estavam no bolso,
Mais outros que estavam em mãos e
Caso resolvido!
Poeta não tropeça, faz obra!
Por Mao Punk: Decidi divulgar poesias minhas por email para alguns amigos. Uma amiga, LOah, criou esse blog com tais poesias e me permitiu editá-lo. VALEU,LOAH! Você me ajudou a expandir a expressão! Eis poesias que escrevi entre 2006 aos dias de hoje. Estão fora de cronologia,mas a expressão é livre para isso! Mais uma vez, valeu, LOah! E obrigado a todxs que leem o blog! Sem vocês a expressão ficaria limitada! PAZ E ANARQUIA!
Respeite a arte! Ao reproduzir em outros lugares a obra de algum artista, cite o autor. Todas as poesias aqui presentes foram escritas por Mao Punk.
Visite também meu blog de textos: RESQUÍCIOS DEPRESSIVOS, SUJOS E NOJENTOS .
Textos que expõem a fragilidade e indecência humanas de forma irônica, metafórica e sem embelezamentos.
domingo, 30 de junho de 2013
segunda-feira, 24 de junho de 2013
PRETENSIOSAMENTE POETA
Nas primeiras vezes que me chamaram de poeta
Contive meu sorriso.
Pequei.
Prendi por detrás dos lábios mais uma poesia.
Contive meu sorriso.
Pequei.
Prendi por detrás dos lábios mais uma poesia.
quarta-feira, 19 de junho de 2013
SONETO DE REVOLUÇÃO
Levanta-te, povo! Mas não a bandeira!
A causa do povo não cabe em um pano.
No canto do hino há grito tirano,
No verde-amarelo há dor sorrateira.
Levanta-te, povo! Quebrando a fronteira!
Sem pátria, sem mestres, sem líder, sem amos.
O punho cerrado, os gritos que damos,
Farão estes panos virarem fogueira!
Levanta-te, glória! Não mais prisioneira!
A causa do povo é a causa primeira,
A ordem burguesa não reconheçamos!
E quando surgir a revolta certeira,
Por cada esperança que o povo semeia,
Haverá de ser Primavera onde estamos.
A causa do povo não cabe em um pano.
No canto do hino há grito tirano,
No verde-amarelo há dor sorrateira.
Levanta-te, povo! Quebrando a fronteira!
Sem pátria, sem mestres, sem líder, sem amos.
O punho cerrado, os gritos que damos,
Farão estes panos virarem fogueira!
Levanta-te, glória! Não mais prisioneira!
A causa do povo é a causa primeira,
A ordem burguesa não reconheçamos!
E quando surgir a revolta certeira,
Por cada esperança que o povo semeia,
Haverá de ser Primavera onde estamos.
CRÔNICA DO PRANTO DELA e PALAVRAS CALADAS QUE AGORA SÃO NOSSAS
Não pude entregar os versos a
ela.
Ela chorava. E não pude entregar
os versos a ela.
Não consegui romper o pranto com a poesia.
Não consegui romper o pranto com a poesia.
E por não o fazer, no meu peito
também
Há um pranto desconsolado,
frustrado.
Ah, se ela soubesse que havia
verso!
Ah, se ela soubesse que seu
pranto é o meu!
Apenas a vi sem querer. E a vi
chorar.
Decerto que nunca mais, em momento algum,
Decerto que nunca mais, em momento algum,
Tornarei a vê-la. Mas o pranto
dela é meu pranto
E sua dor é a dor que ela deixou
em mim.
Sua dor é todo verso que
escrevo.
Sua dor é a poesia que tenho
comigo.
Não pude entregar os versos a
ela,
Mas eu os escrevi. E não posso,
por nada,
Deixá-los morrer. Alguém os
necessita!
Portanto exponho aqui nossas
dores,
Exponho nós dois, como um,
nestes versos
Que eram tão dela, tão eu, tão
nós...
E agora são todos, são versos de
todos!
Palavras Caladas Que Agora São
Nossas:
“Não há pranto que não regue!
Este sal que cai do rosto
Nutrirá, com novo gosto,
O sorriso que prossegue.”
terça-feira, 11 de junho de 2013
sábado, 8 de junho de 2013
sábado, 1 de junho de 2013
DESUSO
Deixarei fora de mim tudo aquilo em desuso:
Ideias, pensamentos, pessoas, sentimentos...
Não serei escravo das construções erradas que fiz.
Não sou arquiteto para me arruinar com o que desabou. Sou poeta!
Não sou sequer relevância em qualquer coisa.
Sou apenas este instante que já não é mais. Passou.
E agora ainda é outro. E já foi. E assim se vai. Ou vou.
O que importa, afinal? "Afinal". Remetendo à ideia de fim.
Que fim vale a pena o desgaste do agora?
O resgate do agora perdido por nada?!
Não mais! Que o mais é excesso de tempo no tempo.
Deixarei fora de mim tudo aquilo em desuso:
Versos velhos, papéis velhos, meu velho humor envelhecido...
Fora de mim, pois o jardim da vida é infinito!
Se a velharia for flor, colherei quando me convier.
Ademais, não sou mais que o segundo que passa,
Que o ar sujo que passa, que a vida que passa...
Não sou mais que alguém que passa sem vida,
Sem carregar em si qualquer projeto de existência.
A diferença está no entendimento de que passo.
Eles que passem sem saber, sem sentir, sem viver!
Não sou filósofo, não sou psicólogo, não sou médico.
Sou poeta. E deixo tudo o que não for rimar em desuso.
Deixarei fora de mim tudo aquilo que não abrigar meus versos,
Meus versos imediatos, meus versos desesperados, meus versos!
Adeus, oh, restos!
Adeus, ideias! Adeus, pensamentos! Adeus, pessoas! Adeus, sentimentos!
Não serei escravo dos problemas tardios, vadios, passados...
Não sou historiador para estudar minha história. Sou poeta!
E um poeta nunca aprende. Jamais!
Ideias, pensamentos, pessoas, sentimentos...
Não serei escravo das construções erradas que fiz.
Não sou arquiteto para me arruinar com o que desabou. Sou poeta!
Não sou sequer relevância em qualquer coisa.
Sou apenas este instante que já não é mais. Passou.
E agora ainda é outro. E já foi. E assim se vai. Ou vou.
O que importa, afinal? "Afinal". Remetendo à ideia de fim.
Que fim vale a pena o desgaste do agora?
O resgate do agora perdido por nada?!
Não mais! Que o mais é excesso de tempo no tempo.
Deixarei fora de mim tudo aquilo em desuso:
Versos velhos, papéis velhos, meu velho humor envelhecido...
Fora de mim, pois o jardim da vida é infinito!
Se a velharia for flor, colherei quando me convier.
Ademais, não sou mais que o segundo que passa,
Que o ar sujo que passa, que a vida que passa...
Não sou mais que alguém que passa sem vida,
Sem carregar em si qualquer projeto de existência.
A diferença está no entendimento de que passo.
Eles que passem sem saber, sem sentir, sem viver!
Não sou filósofo, não sou psicólogo, não sou médico.
Sou poeta. E deixo tudo o que não for rimar em desuso.
Deixarei fora de mim tudo aquilo que não abrigar meus versos,
Meus versos imediatos, meus versos desesperados, meus versos!
Adeus, oh, restos!
Adeus, ideias! Adeus, pensamentos! Adeus, pessoas! Adeus, sentimentos!
Não serei escravo dos problemas tardios, vadios, passados...
Não sou historiador para estudar minha história. Sou poeta!
E um poeta nunca aprende. Jamais!
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