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segunda-feira, 11 de março de 2013

DA ESPERA PELO ALÍVIO DA MORTE OU QUALQUER SENSAÇÃO SEMELHANTE

Sinto que morrerei em breve.
Não literalmente, mas morrerei.
Talvez por ora seja só o medo.
Nunca sabemos o quanto podemos sofrer na morte
Até que a morte desponte.
O primeiro a morrer é o próprio medo.
O medo morre antes de nós.
Assim, consolados de que o fim é inevitável,
Não há mais morte qualquer que doa.

Sinto que morrerei em breve,
Como tantas outras vezes já morri.
E não haverá flor, dor ou festa,
Nem caixão, nem terra, nem confete.
Será a morte pura. Será o fim e ponto.
E do ponto despontará qualquer coisa,
Qualquer resto de existência,
Qualquer semente de qualquer natureza
Que um dia morrerá também.

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