Sinto que morrerei em breve.
Não literalmente, mas morrerei.
Talvez por ora seja só o medo.
Nunca sabemos o quanto podemos sofrer na morte
Até que a morte desponte.
O primeiro a morrer é o próprio medo.
O medo morre antes de nós.
Assim, consolados de que o fim é inevitável,
Não há mais morte qualquer que doa.
Sinto que morrerei em breve,
Como tantas outras vezes já morri.
E não haverá flor, dor ou festa,
Nem caixão, nem terra, nem confete.
Será a morte pura. Será o fim e ponto.
E do ponto despontará qualquer coisa,
Qualquer resto de existência,
Qualquer semente de qualquer natureza
Que um dia morrerá também.
Por Mao Punk: Decidi divulgar poesias minhas por email para alguns amigos. Uma amiga, LOah, criou esse blog com tais poesias e me permitiu editá-lo. VALEU,LOAH! Você me ajudou a expandir a expressão! Eis poesias que escrevi entre 2006 aos dias de hoje. Estão fora de cronologia,mas a expressão é livre para isso! Mais uma vez, valeu, LOah! E obrigado a todxs que leem o blog! Sem vocês a expressão ficaria limitada! PAZ E ANARQUIA!
Respeite a arte! Ao reproduzir em outros lugares a obra de algum artista, cite o autor. Todas as poesias aqui presentes foram escritas por Mao Punk.
Visite também meu blog de textos: RESQUÍCIOS DEPRESSIVOS, SUJOS E NOJENTOS .
Textos que expõem a fragilidade e indecência humanas de forma irônica, metafórica e sem embelezamentos.
fato
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