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Textos que expõem a fragilidade e indecência humanas de forma irônica, metafórica e sem embelezamentos.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

SÚBITOS NOVOS TEMPOS, LOCAL: MENTE

Meu pensamento distante de mim,
Meu peito apertado na São Joaquim.

Há um sentimento, não sei o que é,
Meu peito apertado na estação da Sé.

Saudades de coisas que já não sei mais,
Meu peito apertado na estação do Brás.

Passado e presente entrando em discórdia,
Meu peito apertado; Largo da Concórdia.

Eu sinto um desejo nascendo inocente,
Meu peito apertado na Rua Oriente.

E toma-me o peito uma louca vontade,
Meu peito apertado na Rua M. Andrade.

São mais sentimentos postos no papel,
Meu peito apertado; Princesa Isabel.

Eu sinto por dentro algo que me abrasa,
Meu peito apertado na porta de casa.

É meu coração permitindo outro rumo,
Meu peito apertado num tempo futuro.

Abrem-se portas e novas janelas,
Meu peito apertado na graça que é dela.

Um súbito encanto por ela surgido,
Meu peito apertado no jeito contido.

E tanta beleza me fez suspirar!
Meu peito apertado em seu caminhar.

Já não sei de mim; e dela, quem dera!
Meu peito apertado como numa espera.

Crio fantasias na minha emoção,
Meu peito apertado em minha ilusão.

Meu peito ora aqui, meu peito ora lá,
Meu peito apertado, mas onde estará?

O mundo tão vasto, mas não sei por que
Meu peito apertava onde estava você...



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