Que contradição carregam minhas horas!
Vejo-me sorrindo. Os outros? Não os vi
Conseguindo a paz que agora consegui.
Penam pelo breu enquanto avisto aurora!
Intentara eu compartilhar o agora
Em cada sorriso desses que sorri.
A cada momento em que me ofereci
Vi muita alegria ser jogada fora.
O inverso igualmente ocorre: embora
Haja em mim sorriso, lembro que outrora
Não notei ninguém sofrer como sofri.
Eis a conclusão que tiro desta história:
Quando eu sorrio o mundo todo chora
E se me entristeço o mundo inteiro ri.
Por Mao Punk: Decidi divulgar poesias minhas por email para alguns amigos. Uma amiga, LOah, criou esse blog com tais poesias e me permitiu editá-lo. VALEU,LOAH! Você me ajudou a expandir a expressão! Eis poesias que escrevi entre 2006 aos dias de hoje. Estão fora de cronologia,mas a expressão é livre para isso! Mais uma vez, valeu, LOah! E obrigado a todxs que leem o blog! Sem vocês a expressão ficaria limitada! PAZ E ANARQUIA!
Respeite a arte! Ao reproduzir em outros lugares a obra de algum artista, cite o autor. Todas as poesias aqui presentes foram escritas por Mao Punk.
Visite também meu blog de textos: RESQUÍCIOS DEPRESSIVOS, SUJOS E NOJENTOS .
Textos que expõem a fragilidade e indecência humanas de forma irônica, metafórica e sem embelezamentos.
quarta-feira, 28 de novembro de 2012
domingo, 25 de novembro de 2012
AVISO A TODAS AS PESSOAS QUE QUEREM CHORAR
Sorriam,
Meus olhos lhes querem gravados.
Sorriam,
Vocês estão sendo versados!
sábado, 24 de novembro de 2012
sexta-feira, 23 de novembro de 2012
ESTE CORAÇÃO CANSADO DA AMARGURA
Este coração, cansado da amargura,
Resolveu sangrar por si, não como antes
Que hora batia por paixão errante,
Hora martelava qual fosse tortura.
Sangra! Agora sangra com boa ventura,
Bate ritmado ao som reconfortante,
Brinda à alma o gozo deste novo instante,
Faz dentro do peito bem que não se apura.
É chegado o tempo de encontrar a cura,
Pois ela aparece para quem procura
E quem a procura encontra no semblante
Tantos novos risos! Largo a desventura.
A paixão sentida não mais me segura:
Devo ser de mim minha melhor amante!
Resolveu sangrar por si, não como antes
Que hora batia por paixão errante,
Hora martelava qual fosse tortura.
Sangra! Agora sangra com boa ventura,
Bate ritmado ao som reconfortante,
Brinda à alma o gozo deste novo instante,
Faz dentro do peito bem que não se apura.
É chegado o tempo de encontrar a cura,
Pois ela aparece para quem procura
E quem a procura encontra no semblante
Tantos novos risos! Largo a desventura.
A paixão sentida não mais me segura:
Devo ser de mim minha melhor amante!
segunda-feira, 19 de novembro de 2012
SONETO DE ADVERTÊNCIA
Não queiras ter nada com poetas
– Que têm por demais
verdade em tudo –,
Pois segredos, fossem antes mudos,
Serão como páginas abertas
A versar segredos dos amantes.
E, no mais, terás um desconforto
Quando leres os poemas outros
De paixões passadas relevantes.
Quando teu romance for findado
Há de o coração ser torturado
Ao reler os dedicados versos.
Portanto advirto: tem cuidado!
Só um peito muito apaixonado
Poderá arcar com este preço.
sábado, 17 de novembro de 2012
CONTRASTANTE
Nem todos sorriram. Fez breu.
A moça entristeceu,
O homem ressentiu,
O cão se coçou,
A gata no cio
Miou, miou, miou...
Nem todos sorriram. Choveu.
Aquela adoeceu,
Aquele enfartou,
Outro sucumbiu...
Esta não chorou?
Fingiu, fingiu, fingiu...
Nem todos sorriram. Doeu.
Houve quem sofreu,
Muitos se feriram,
Mas eu não sofri,
Nem todos sorriram,
Sorri, sorri, sorri!
sexta-feira, 16 de novembro de 2012
SONETO DE MEU CUIDADO
Dá adeus aos versos meus apaixonados,
Às declarações, aos gestos, aos ardores,
Dá adeus à carta, aos prantos e às flores
Que não poderão ser mais do que passado.
Dá adeus aos atos meus desesperados
Que nalguma parte ressentiam dores,
Dá adeus aos risos meus cheios de cores
Pintados pela ilusão do ingênuo fado.
Dá adeus ao peito que fora tomado
Por cruel paixão, depois dilacerado
Pelo mau destino, pelos dissabores...
Dá adeus que o coração despedaçado
Sempre amar-te-á, mas é de meu cuidado
Deixar a paixão partir, levar temores.
segunda-feira, 12 de novembro de 2012
SONETO DE ASSASSINATO
Quero assassinar! Anseio a morte breve!
Quero assassinar! Anseio sua morte,
Tentei sufocar, mas quê! Jamais morria!
Quando a sufocava, mais se debatia.
Se retoma o ar, com mais força se atreve!
Quero assassinar a quem me mata aos poucos,
Mas não é aos poucos que espero que morra:
Eu quero matar como quem mata à forca,
Quero ser da história este nó no pescoço!
Ou ser como tiro que dera em meu peito,
Mas que meu disparo tenha outro efeito:
Seja ele vingança a esta vil trapaça!
Quero assassinar! Anseio sua morte,
Pois já não aguento a minha triste sorte.
Morra esta paixão, minha cruel desgraça!
domingo, 11 de novembro de 2012
SONETO DE AMOR PARA QUEM SE SABE AMADA
Reafirmo em versos meu amor sincero,
Em versos declaro esta minha ventura!
Este sentimento, alento de ternura,
É somente parte do bem que te quero!
E se escrevo em verso, faço-o por esmero,
Faço a intentar melhor de minha postura!
Tendo tua ausência, qual expressão pura
Poderá vingar da forma que eu espero?
E se te isentarem do que vocifero
Teus ouvidos, eis que o verso, talvez mero,
Há de ser a voz toando em boa altura
Que te amo tanto, Amor, de um jeito belo!
Que esta poesia seja como um elo
E que os olhos teus me sejam testemunhas!
sexta-feira, 9 de novembro de 2012
VOZES
Urrou a morte
Em meu ouvido;
No outro, a sorte
Deu um gemido.
Quem me dá norte?
Questão perdida!
Pesar da morte,
Tesão da vida...
Em meu ouvido;
No outro, a sorte
Deu um gemido.
Quem me dá norte?
Questão perdida!
Pesar da morte,
Tesão da vida...
quinta-feira, 8 de novembro de 2012
NÃO CONFIES À PAIXÃO TUA HONRA
Não confies à paixão tua honra
Que será teu maior perjúrio!
O tratante Cupido, em murmúrio,
Debilita a razão e a assombra.
Aos sorrisos que o semblante espelha,
O Cupido te trama amarguras:
Crava flechas cheias de candura
E te dá cruelmente às abelhas.
Ora atacam-te as ferroadas,
Ora a dor advém das flechadas;
Deformara, a paixão, tua vida.
Se jurares a honra aos sentidos
Da paixão, estarás tão perdido
Que tal honra terás por perfídia.
Que será teu maior perjúrio!
O tratante Cupido, em murmúrio,
Debilita a razão e a assombra.
Aos sorrisos que o semblante espelha,
O Cupido te trama amarguras:
Crava flechas cheias de candura
E te dá cruelmente às abelhas.
Ora atacam-te as ferroadas,
Ora a dor advém das flechadas;
Deformara, a paixão, tua vida.
Se jurares a honra aos sentidos
Da paixão, estarás tão perdido
Que tal honra terás por perfídia.
segunda-feira, 5 de novembro de 2012
TRÉGUA, ISABELLY
Isabelly, trégua! Trégua! Eu suplico!
Trégua, pois te quero! Quero sem consolo!
Quero tua trégua p'ra secar meu choro,
Tua mão na alma p'ra calar meu grito.
Trégua, Isabelly! Trégua, pois te quero!
Trégua, pois em vida te desejo em tudo.
E o que é a vida, Belly, se no mundo
Faltar tua presença, Belly? É desespero!
Isabelly, trégua! Trégua, pois te amo
E te quero tanto, Belly, que meu pranto
Há de afogar o que restou de mim.
Trégua, Isabelly! Trégua! Eu suplico!
Que este sentimento que é infinito,
Se não me der trégua, dar-me-á meu fim.
Trégua, pois te quero! Quero sem consolo!
Quero tua trégua p'ra secar meu choro,
Tua mão na alma p'ra calar meu grito.
Trégua, Isabelly! Trégua, pois te quero!
Trégua, pois em vida te desejo em tudo.
E o que é a vida, Belly, se no mundo
Faltar tua presença, Belly? É desespero!
Isabelly, trégua! Trégua, pois te amo
E te quero tanto, Belly, que meu pranto
Há de afogar o que restou de mim.
Trégua, Isabelly! Trégua! Eu suplico!
Que este sentimento que é infinito,
Se não me der trégua, dar-me-á meu fim.
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