Há de ser não mais que o próprio desespero,
Nada mais que aquele desconsolo extremo
Que há tempos fez-se em mim enraizado.
Quando alguém me vir chorando, arruinado,
Há de ser não mais que o peito corroendo,
Nada mais que a dor que há muito vem doendo
E que se fizera em meu tristonho fado.
Tão somente o pranto de um amargurado
Que não conseguiu jamais ser consolado,
Entregue à intempérie do que está vivendo.
Quando alguém me vir chorando, descuidado,
Que não haja espanto! Pois é meu legado
Deixar pelo ar meu rastro de tormento.
Depois de muito tempo sem espiar, aqui estou outra vez mais para seus versos admirar.
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