Ria-te! Caçoa-te pela agonia!
Zomba-te por todo pranto que hoje há.
Prepara-te logo para o que, quiçá,
Há de ser a mais horrenda poesia!
Brinda tu o afago desta heresia,
Taças cheias, fartas de lacrimejar.
Festa! Festa! Festa! Vem tu degustar
O sabor amargo, o estrago da azia!
Abandona o sonho tolo que fazia
O teu despertar sorrir com euforia.
É tempo de angústia. Vem tu festejar!
Não importa o riso q'antes se sorria,
Festeja tua dor qual fosse alegria,
Pois se não festejas, alguém o fará.
Por Mao Punk: Decidi divulgar poesias minhas por email para alguns amigos. Uma amiga, LOah, criou esse blog com tais poesias e me permitiu editá-lo. VALEU,LOAH! Você me ajudou a expandir a expressão! Eis poesias que escrevi entre 2006 aos dias de hoje. Estão fora de cronologia,mas a expressão é livre para isso! Mais uma vez, valeu, LOah! E obrigado a todxs que leem o blog! Sem vocês a expressão ficaria limitada! PAZ E ANARQUIA!
Respeite a arte! Ao reproduzir em outros lugares a obra de algum artista, cite o autor. Todas as poesias aqui presentes foram escritas por Mao Punk.
Visite também meu blog de textos: RESQUÍCIOS DEPRESSIVOS, SUJOS E NOJENTOS .
Textos que expõem a fragilidade e indecência humanas de forma irônica, metafórica e sem embelezamentos.
quarta-feira, 31 de outubro de 2012
domingo, 21 de outubro de 2012
quarta-feira, 17 de outubro de 2012
SONETO DE INTEMPÉRIE
Quando alguém me vir chorando, desolado,
Há de ser não mais que o próprio desespero,
Nada mais que aquele desconsolo extremo
Que há tempos fez-se em mim enraizado.
Quando alguém me vir chorando, arruinado,
Há de ser não mais que o peito corroendo,
Nada mais que a dor que há muito vem doendo
E que se fizera em meu tristonho fado.
Tão somente o pranto de um amargurado
Que não conseguiu jamais ser consolado,
Entregue à intempérie do que está vivendo.
Quando alguém me vir chorando, descuidado,
Que não haja espanto! Pois é meu legado
Deixar pelo ar meu rastro de tormento.
segunda-feira, 15 de outubro de 2012
POETEIRO
Sou "poeteiro", como se diz.
Sou do cinco contra um:
Minha mão e o lápis.
É o atrito indo e vindo
Que a mente induz.
Arte!
Sou "poeteiro" das noites solitárias
E das tardes inquietas também.
Sou "poeteiro" de mão cheia,
Cheia de ideias, no vai e vem...
Até suspiro,
Acabo comigo!
Esgoto-me ao toque
Do longo nos finos,
Do longo existir que a mim cabe o fado
Nos finos poemas que tenho ofertado.
Eu sou "poeteiro", daqueles ligeiros:
Se algo inspira, não perco o anseio.
"Poeteiro" vivo,
Estou submerso
No prazer do vício:
Eu gozo mil versos!
Sou do cinco contra um:
Minha mão e o lápis.
É o atrito indo e vindo
Que a mente induz.
Arte!
Sou "poeteiro" das noites solitárias
E das tardes inquietas também.
Sou "poeteiro" de mão cheia,
Cheia de ideias, no vai e vem...
Até suspiro,
Acabo comigo!
Esgoto-me ao toque
Do longo nos finos,
Do longo existir que a mim cabe o fado
Nos finos poemas que tenho ofertado.
Eu sou "poeteiro", daqueles ligeiros:
Se algo inspira, não perco o anseio.
"Poeteiro" vivo,
Estou submerso
No prazer do vício:
Eu gozo mil versos!
sábado, 13 de outubro de 2012
SONETO DOS AFLITOS
Tenho vontade de chorar minha sorte!
Carrego na alma o pranto dos aflitos,
Há no coração de dor milhões de gritos
E no que me resta uma porção de morte.
Há em meu sorriso angústia escondida,
Não que disfarçar me seja necessário,
Mas hei de ocultar lamúria, do contrário
Como intentar sentir a própria vida?
Entretanto, penso neste tolo esforço:
Que feitio terá agir a contragosto
Do que o coração sentir? É puro engano!
Dor tamanha esta a qual estou fadado
Hão de entender somente os desgraçados
Ou quem já amou da forma que te amo.
Carrego na alma o pranto dos aflitos,
Há no coração de dor milhões de gritos
E no que me resta uma porção de morte.
Há em meu sorriso angústia escondida,
Não que disfarçar me seja necessário,
Mas hei de ocultar lamúria, do contrário
Como intentar sentir a própria vida?
Entretanto, penso neste tolo esforço:
Que feitio terá agir a contragosto
Do que o coração sentir? É puro engano!
Dor tamanha esta a qual estou fadado
Hão de entender somente os desgraçados
Ou quem já amou da forma que te amo.
quinta-feira, 11 de outubro de 2012
SONETO DA CONTRADIÇÃO
Este respirar que traz vida ao instante,
Em contradição do que estou cá dizendo,
Sufoca-me o peito qual ar se perdendo...
Há algo no ar dos males dos amantes
Que comprime o peito, impede-me, diante
Da sorte dos fatos hoje acontecendo,
De sorrir qual antes eu sorria, vendo
Que não mais possuo a alegria d'antes.
Cada respirar é dor! E meu semblante
Fecha-se em presságio aterrorizante.
Nada remedia a dor que está doendo.
Esta desventura torna o ser errante.
Que contradição cruel, desconcertante:
Morro de amor enquanto estou vivendo!
Em contradição do que estou cá dizendo,
Sufoca-me o peito qual ar se perdendo...
Há algo no ar dos males dos amantes
Que comprime o peito, impede-me, diante
Da sorte dos fatos hoje acontecendo,
De sorrir qual antes eu sorria, vendo
Que não mais possuo a alegria d'antes.
Cada respirar é dor! E meu semblante
Fecha-se em presságio aterrorizante.
Nada remedia a dor que está doendo.
Esta desventura torna o ser errante.
Que contradição cruel, desconcertante:
Morro de amor enquanto estou vivendo!
segunda-feira, 1 de outubro de 2012
A POESIA INESQUECÍVEL
Eu falhara! Posso eu estar isento
Desta culpa? Como posso ter vitória
Se a mácula é inata à minha história,
Se tal falha me persegue o pensamento?
Eu falhara! Intentara, em meu lamento,
Esquecer-te, em delírio inocente,
Mas se tento, mais tu vens à minha mente
E à mente mais tu vens quando não tento.
Cá estou, perdido em mim, neste momento,
E a esperança está perdida em desalento!
Por não te esquecer minh'alma fica assim.
Como posso me livrar do sentimento?
És presente em mim tal qual o ar ao vento
Que esquecer de ti é esquecer de mim.
Desta culpa? Como posso ter vitória
Se a mácula é inata à minha história,
Se tal falha me persegue o pensamento?
Eu falhara! Intentara, em meu lamento,
Esquecer-te, em delírio inocente,
Mas se tento, mais tu vens à minha mente
E à mente mais tu vens quando não tento.
Cá estou, perdido em mim, neste momento,
E a esperança está perdida em desalento!
Por não te esquecer minh'alma fica assim.
Como posso me livrar do sentimento?
És presente em mim tal qual o ar ao vento
Que esquecer de ti é esquecer de mim.
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