Eu contrariara a sorte do destino.
Quem outrora vira o meu desatino
Não creria hoje em uma dor perdida.
"Mais dores virão!", a voz embrutecida
Censurar-me-á, mas eu a desafio:
"Há de me rogar mil dores, eu confio
Que haverá mais risos, em contrapartida."
Essa voz hostil é uma voz sofrida
A tentar impor à sorte oferecida
Qualquer aflição, mas dor já não preciso.
Minha sensação não pode ser contida!
Como hei de escutar a voz aborrecida
Se ainda há pouco vira teu sorriso?
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