Tenho a alma livre e o peito encarcerado.
Tenho o coração batendo acorrentado
E se a alma é livre, é livre e tristonha!
De que vale a vida? A vida é enfadonha
Desde que meu peito fora confinado.
Desejara eu não ter me apaixonado,
Quisera matar o peito que te sonha!
Desejara mais – bem mais! – um outro jeito
De aliviar-me ao que estou sujeito,
De me libertar do que me é nocivo,
Mas estou rendido! E eis todo o defeito:
Já não bate mais por mim este meu peito:
Está preso a ti meu peito; e em ti eu vivo.
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