Respeite a arte! Ao reproduzir em outros lugares a obra de algum artista, cite o autor. Todas as poesias aqui presentes foram escritas por Mao Punk.

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Textos que expõem a fragilidade e indecência humanas de forma irônica, metafórica e sem embelezamentos.

sexta-feira, 20 de julho de 2012

SONETO PARA A MORTALHA QUE TRAJAMOS

Eleva esta tua condição tristonha
Para o patamar de um riso que se valha.
Toda dor que hoje veste de mortalha
Já foi antes fantasia que se sonha.

Ora, se tal sonho morre, paciência!
Ponha-te a enterrar bem enterrado.
Seja adubo para um sonho não sonhado,
Seja o semear de nova inocência!

Assim sendo, enterrados sonho e peito,
Qualquer lágrima a cair terá efeito
De regar uma esperança valiosa.

E se a dor semeia novas alegrias,
Meu penar, meu fado, aceito em euforia:
A colheita que me aguarda é generosa!

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