O que há?
Ah! o que há de estranho?
O que há?
Estranho é não amar
O castanho!
O que há?
Ah! o que há de estranho?
O que há?
O castanho é brilho tamanho!
Há no castanho
Demais luz!
Tal impossível
Nos azuis.
Há no castanho
Mais fulgor!
Tal qual o verde
Inveja a cor.
O verde vegeta
Em seu despeito
Por tal cor castanha
Ter se feito.
E chora o azul
Sua cor de pranto
Ao ver do castanho
Tanto encanto.
O que há?
Ah! o que há de estranho?
O que há?
O castanho é brilho tamanho!
O que há?
Ah! o que há de estranho?
O que há?
Estranho é não amar
O castanho!
Por Mao Punk: Decidi divulgar poesias minhas por email para alguns amigos. Uma amiga, LOah, criou esse blog com tais poesias e me permitiu editá-lo. VALEU,LOAH! Você me ajudou a expandir a expressão! Eis poesias que escrevi entre 2006 aos dias de hoje. Estão fora de cronologia,mas a expressão é livre para isso! Mais uma vez, valeu, LOah! E obrigado a todxs que leem o blog! Sem vocês a expressão ficaria limitada! PAZ E ANARQUIA!
Respeite a arte! Ao reproduzir em outros lugares a obra de algum artista, cite o autor. Todas as poesias aqui presentes foram escritas por Mao Punk.
Visite também meu blog de textos: RESQUÍCIOS DEPRESSIVOS, SUJOS E NOJENTOS .
Textos que expõem a fragilidade e indecência humanas de forma irônica, metafórica e sem embelezamentos.
sexta-feira, 28 de maio de 2010
quarta-feira, 26 de maio de 2010
MEUS DOIS EUS
Suplico para que não me levem a sério.
A seriedade é uma brincadeira de mau gosto.
Por favor, não me dêem esse desgosto
De ser levado tal como não quero.
Eu quero rir da cara das pessoas,
Sentir a dor dos outros, como festa,
E ao cair o pranto que não presta,
Fingir me importar com coisa à toa.
Eu quero ter a minha liberdade
De usar minhas duas caras como posso,
E com os meus sorrisos tão opostos
Dar conforto e rir com falsidade.
Não levem a sério nada em que me atrevo,
Absolutamente nada do que falo.
E se acharem bom, sigam o embalo:
Não levem a sério nada do que escrevo.
A seriedade é uma brincadeira de mau gosto.
Por favor, não me dêem esse desgosto
De ser levado tal como não quero.
Eu quero rir da cara das pessoas,
Sentir a dor dos outros, como festa,
E ao cair o pranto que não presta,
Fingir me importar com coisa à toa.
Eu quero ter a minha liberdade
De usar minhas duas caras como posso,
E com os meus sorrisos tão opostos
Dar conforto e rir com falsidade.
Não levem a sério nada em que me atrevo,
Absolutamente nada do que falo.
E se acharem bom, sigam o embalo:
Não levem a sério nada do que escrevo.
terça-feira, 25 de maio de 2010
LETÍCIA TRANÇANDO OLHARES
Bem sei que o corpo fala,
Bem sei como se expressa!
Mas é o corpo peça
Que também se controla.
A mente, ah, a mente!
Pra essa não há freio.
Não há sequer um meio
Que torne diferente.
Portanto, ao se guiar
Os olhos que vigiam,
Não dá pra controlar
O que se quer pensar.
A mente é quem escolhe
A intenção do olhar.
Bem sei como se expressa!
Mas é o corpo peça
Que também se controla.
A mente, ah, a mente!
Pra essa não há freio.
Não há sequer um meio
Que torne diferente.
Portanto, ao se guiar
Os olhos que vigiam,
Não dá pra controlar
O que se quer pensar.
A mente é quem escolhe
A intenção do olhar.
domingo, 23 de maio de 2010
FREUD PEDIU AS CONTAS
Querer me entender é impudico.
É como admirar o céu
E tentar descobrir do que é feito.
É sentir o vento
E querer descrever o momento.
É sorrir para o nada
E tentar entender o porquê.
Querer me entender é impudico.
É querer saber mais do impossível.
É formular matematicamente a loucura.
É ignorar o que hoje se apura.
É pior do que se imagina!
Querer me entender é matar
A condição de minha poesia.
É como admirar o céu
E tentar descobrir do que é feito.
É sentir o vento
E querer descrever o momento.
É sorrir para o nada
E tentar entender o porquê.
Querer me entender é impudico.
É querer saber mais do impossível.
É formular matematicamente a loucura.
É ignorar o que hoje se apura.
É pior do que se imagina!
Querer me entender é matar
A condição de minha poesia.
quinta-feira, 20 de maio de 2010
A HISTÓRIA DA GAROTA QUE AGUARDOU A ESTRELA CADENTE
A estrela não se fez cadente,
Mas surgiu um novo rastro
Brilhando qual belo astro:
Meus olhos aqui presentes.
O pedido que seria feito
Ao astro tão aguardado
Se fez uma vez calado
Buscando no firmamento
Ajuda que concretize
O desejo que lhe acena,
P’ra que se consuma logo.
Mas para que se realize,
É erro pedir às estrelas
Podendo pedir a meus olhos.
Mas surgiu um novo rastro
Brilhando qual belo astro:
Meus olhos aqui presentes.
O pedido que seria feito
Ao astro tão aguardado
Se fez uma vez calado
Buscando no firmamento
Ajuda que concretize
O desejo que lhe acena,
P’ra que se consuma logo.
Mas para que se realize,
É erro pedir às estrelas
Podendo pedir a meus olhos.
terça-feira, 11 de maio de 2010
VERONIKA
Ninguém notara o sabor do vento.
Atravessava, o ar, a sensação do corpo.
Tentou o vento tocar-lhes o rosto,
O desprezaram qual fosse veneno.
Ninguém olhara o que o céu fizera:
Porções de cores, milhares de vidas.
E ao descer a chuva, comovida,
Ninguém jamais chorou junto a ela.
Ninguém sentira o brilho das estrelas
Ou fizera brilhar os olhos como astros,
A grama que aconchega foi cuspida,
Ninguém sentira a própria natureza.
Assim posso afirmar, num triste ato,
Ninguém soube sentir a própria vida.
Atravessava, o ar, a sensação do corpo.
Tentou o vento tocar-lhes o rosto,
O desprezaram qual fosse veneno.
Ninguém olhara o que o céu fizera:
Porções de cores, milhares de vidas.
E ao descer a chuva, comovida,
Ninguém jamais chorou junto a ela.
Ninguém sentira o brilho das estrelas
Ou fizera brilhar os olhos como astros,
A grama que aconchega foi cuspida,
Ninguém sentira a própria natureza.
Assim posso afirmar, num triste ato,
Ninguém soube sentir a própria vida.
sexta-feira, 7 de maio de 2010
quarta-feira, 5 de maio de 2010
COMO POETA NÃO PRECISO MUITO
Como poeta não preciso muito:
Uma folha, uma caneta,
O vento, uma paisagem.
Dispenso qualquer paixão
Que não seja pelos versos.
Não preciso muita coisa:
Uma mera inspiração momentânea
(Embora poetas não tenham meras inspirações,
Mas sim inspirações memoráveis),
Um riso ou um pranto,
Uma alegria ou uma tristeza.
Um poeta não precisa de quase nada,
Mas tudo precisa de poesia
Para que tenha seu valor revelado,
Mesmo a valia estando somente
Revelada nos olhos do poeta.
Como poeta não preciso muito
E tenho mais do que preciso ao sentir versarem
Teus olhos curiosos sobre minhas linhas.
----------------------------------------------
P.S.: Poesia dedicada a você que leu estes versos e a tod@s que seguem esse blog. Meus sinceros agradecimentos!
Beijos para tod@s!
Uma folha, uma caneta,
O vento, uma paisagem.
Dispenso qualquer paixão
Que não seja pelos versos.
Não preciso muita coisa:
Uma mera inspiração momentânea
(Embora poetas não tenham meras inspirações,
Mas sim inspirações memoráveis),
Um riso ou um pranto,
Uma alegria ou uma tristeza.
Um poeta não precisa de quase nada,
Mas tudo precisa de poesia
Para que tenha seu valor revelado,
Mesmo a valia estando somente
Revelada nos olhos do poeta.
Como poeta não preciso muito
E tenho mais do que preciso ao sentir versarem
Teus olhos curiosos sobre minhas linhas.
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P.S.: Poesia dedicada a você que leu estes versos e a tod@s que seguem esse blog. Meus sinceros agradecimentos!
Beijos para tod@s!
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