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segunda-feira, 2 de setembro de 2024

POESIA PÓSTUMA XIII

Houvesse corpo a cada queda,
Seria o mundo a cova aberta
De cada ser que um dia fui.

Se ao fenecer sombras houvesse,
A cada passo que se desse
À escuridão que constitui

A trajetória destas mortes,
Seria a sombra a eterna sorte
De quem jamais viveu demais.

De morte em morte que vigora
Não há certezas no agora,
Não há clarão que sele a paz.

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