O tempo passa, quase nada fica,
As pessoas ainda se esbarram
Para o desencontro de amanhã.
Tudo ainda fede nas ruas do centro
E a Sé só é bonita no cartão postal.
Se existisse outra sorte,
Talvez ninguém soubesse lidar.
Talvez essa sorte exista
E ninguém nunca soube.
Nenhum trevo de quatro folhas enfeitou meu berço,
Nem sequer meu jardim,
Nem sequer soube a vida que há trevos.
Atrevo-me a saber que não há.
E, no entanto,
As pessoas ainda se esbarram
Para o desencontro de amanhã.
Felizes demais para notarem que são tristes.
Felizes com as migalhas que dividem
Felizes com as migalhas que dividem
Com os pombos famintos da Praça da Sé.
Há muito mais verdade nos pombos.
Saudades!
ResponderExcluirSaudades master de você! <3
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