Poeta, poetisa:
Nunca houve caminho certo.
Há poesia e há caminho.
O caminho nunca foi certo.
Degustará o pão mais amassado
Pelo diabo mais algoz.
Molhará o pão no café mais doce,
Mais quente, mais forte.
Pobre diabo, coitado!
Achou que o inferno seria o bastante.
Não sabia o que era ser poeta, ser poetisa.
Se soubesse, choraria
E nem sequer amassaria pão algum.
Mas ser poeta, ser poetisa,
É exatamente isso:
Fazer o diabo chorar,
Mastigar o pão amassado
E cuspir na cara do diabo.
Nunca houve caminho certo.
Tudo é dúvida, tudo é risco.
E todo risco é verso
Para o poeta, para a poetisa.
Caminho certo não vira poema.
Mas o poeta, a poetisa, sabem
- E sabem muito bem - que não há caminho errado
Para o qual valha retornar.
Há tanto caminho errado pela frente!
Há tanto verso pela frente!
Há tanta vida pela frente!
Poeta, poetisa:
Nunca houve caminho certo.
Há poesia e há caminho.
A poesia nos basta.
Nunca houve caminho certo.
Há poesia e há caminho.
O caminho nunca foi certo.
Degustará o pão mais amassado
Pelo diabo mais algoz.
Molhará o pão no café mais doce,
Mais quente, mais forte.
Pobre diabo, coitado!
Achou que o inferno seria o bastante.
Não sabia o que era ser poeta, ser poetisa.
Se soubesse, choraria
E nem sequer amassaria pão algum.
Mas ser poeta, ser poetisa,
É exatamente isso:
Fazer o diabo chorar,
Mastigar o pão amassado
E cuspir na cara do diabo.
Nunca houve caminho certo.
Tudo é dúvida, tudo é risco.
E todo risco é verso
Para o poeta, para a poetisa.
Caminho certo não vira poema.
Mas o poeta, a poetisa, sabem
- E sabem muito bem - que não há caminho errado
Para o qual valha retornar.
Há tanto caminho errado pela frente!
Há tanto verso pela frente!
Há tanta vida pela frente!
Poeta, poetisa:
Nunca houve caminho certo.
Há poesia e há caminho.
A poesia nos basta.
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