Saudade: ela aparece em nosso peito
- Ouvi dizer por este mundo afora -
Somente quando nosso pensamento
Nos traz feliz lembrança de outrora.
Porém, hoje a lembrança me castiga
E a tristeza é o que se revela.
Se eu levo essa dor que não mitiga,
Não sei por que sinto saudades dela!
Por Mao Punk: Decidi divulgar poesias minhas por email para alguns amigos. Uma amiga, LOah, criou esse blog com tais poesias e me permitiu editá-lo. VALEU,LOAH! Você me ajudou a expandir a expressão! Eis poesias que escrevi entre 2006 aos dias de hoje. Estão fora de cronologia,mas a expressão é livre para isso! Mais uma vez, valeu, LOah! E obrigado a todxs que leem o blog! Sem vocês a expressão ficaria limitada! PAZ E ANARQUIA!
Respeite a arte! Ao reproduzir em outros lugares a obra de algum artista, cite o autor. Todas as poesias aqui presentes foram escritas por Mao Punk.
Visite também meu blog de textos: RESQUÍCIOS DEPRESSIVOS, SUJOS E NOJENTOS .
Textos que expõem a fragilidade e indecência humanas de forma irônica, metafórica e sem embelezamentos.
terça-feira, 31 de março de 2015
segunda-feira, 30 de março de 2015
A VIDA ACORDOU
A vida acordou.
Ela percebeu que está acontecendo
E que não pode ficar dormindo
Enquanto passa.
Talvez eu seja a vida.
Ela percebeu que está acontecendo
E que não pode ficar dormindo
Enquanto passa.
Talvez eu seja a vida.
sexta-feira, 27 de março de 2015
SONETO PARA DAPHNE
O verso abriu espaço sabiamente,
O mesmo fez a estrofe emocionada.
E toda a poesia então versada
Estava a contemplar solenemente
Toda a beleza que ali brotava!
E o poema fez-se mais bonito.
E tudo que ali estava escrito
Como num passe mágico brilhava.
Mas se me perguntar como é possível
Que caiba tanto encanto – o que é incrível –
Em um simples soneto rabiscado,
Responderei que não me é espanto:
É porque verso todo o teu encanto;
E tudo que há teu nome é encantado!
terça-feira, 17 de março de 2015
POESIA GRITADA ÀS PAREDES
Eu te desejo. Além do que podia.
Eu te desejo muito tristemente.
Eu te desejo aos lábios novamente
E o teu corpo em minha poesia.
Eu te desejo em ato inconsequente
E contra o que a razão indicaria.
Desejo, contra minha alegria
E a favor da dor inconsciente.
Mas te desejo longe, pois eu sofro
Com teu desdém cruel que me entristece.
E meu desejo aumenta pouco a pouco.
Mas se a felicidade assim padece,
Por que meu coração não me obedece?
É só porque te quero como um louco!
sexta-feira, 13 de março de 2015
PEQUENA POESIA DOS OLHARES
Eu vi
Os seus olhos
Olharem
Pra mim.
Será
Que vi certo?
Será
Que é assim?
Ou será
Que apenas
Me retribuiu?
Mas vendo
Seus olhos,
Meu olhar
Sorriu.
Ou então
Eu penso
Que sonhei
Demais!
Se certo
Ou errado,
Meu olhar
Quer mais!
Os seus olhos
Olharem
Pra mim.
Será
Que vi certo?
Será
Que é assim?
Ou será
Que apenas
Me retribuiu?
Mas vendo
Seus olhos,
Meu olhar
Sorriu.
Ou então
Eu penso
Que sonhei
Demais!
Se certo
Ou errado,
Meu olhar
Quer mais!
sábado, 7 de março de 2015
SER
Poeta, poetisa:
Nunca houve caminho certo.
Há poesia e há caminho.
O caminho nunca foi certo.
Degustará o pão mais amassado
Pelo diabo mais algoz.
Molhará o pão no café mais doce,
Mais quente, mais forte.
Pobre diabo, coitado!
Achou que o inferno seria o bastante.
Não sabia o que era ser poeta, ser poetisa.
Se soubesse, choraria
E nem sequer amassaria pão algum.
Mas ser poeta, ser poetisa,
É exatamente isso:
Fazer o diabo chorar,
Mastigar o pão amassado
E cuspir na cara do diabo.
Nunca houve caminho certo.
Tudo é dúvida, tudo é risco.
E todo risco é verso
Para o poeta, para a poetisa.
Caminho certo não vira poema.
Mas o poeta, a poetisa, sabem
- E sabem muito bem - que não há caminho errado
Para o qual valha retornar.
Há tanto caminho errado pela frente!
Há tanto verso pela frente!
Há tanta vida pela frente!
Poeta, poetisa:
Nunca houve caminho certo.
Há poesia e há caminho.
A poesia nos basta.
Nunca houve caminho certo.
Há poesia e há caminho.
O caminho nunca foi certo.
Degustará o pão mais amassado
Pelo diabo mais algoz.
Molhará o pão no café mais doce,
Mais quente, mais forte.
Pobre diabo, coitado!
Achou que o inferno seria o bastante.
Não sabia o que era ser poeta, ser poetisa.
Se soubesse, choraria
E nem sequer amassaria pão algum.
Mas ser poeta, ser poetisa,
É exatamente isso:
Fazer o diabo chorar,
Mastigar o pão amassado
E cuspir na cara do diabo.
Nunca houve caminho certo.
Tudo é dúvida, tudo é risco.
E todo risco é verso
Para o poeta, para a poetisa.
Caminho certo não vira poema.
Mas o poeta, a poetisa, sabem
- E sabem muito bem - que não há caminho errado
Para o qual valha retornar.
Há tanto caminho errado pela frente!
Há tanto verso pela frente!
Há tanta vida pela frente!
Poeta, poetisa:
Nunca houve caminho certo.
Há poesia e há caminho.
A poesia nos basta.
segunda-feira, 2 de março de 2015
PÁSSARO MORTO
Estou muito cansado deste fado!
Cansado do que a vida tem me feito,
Cansado de trazer dentro do peito
Qualquer estupidez de mau agrado.
Cansado de ceder-me por completo,
Cansado de mostrar meu sentimento,
Cansado de só ter o desalento
Como recebimento do que entrego.
Mas nada há de mudar em minha vida!
Quanto mais sinto, mais dói a ferida;
Quanto mais forte, mais desconsolado!
Já não espero ter nenhum conforto.
A esperança é um pássaro morto,
A minha sina é ser amargurado!
domingo, 1 de março de 2015
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