Respeite a arte! Ao reproduzir em outros lugares a obra de algum artista, cite o autor. Todas as poesias aqui presentes foram escritas por Mao Punk.

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Textos que expõem a fragilidade e indecência humanas de forma irônica, metafórica e sem embelezamentos.

domingo, 31 de agosto de 2014

ATÉ A MORTE

Andava rasgado,
Cabelo espetado,
As frases no jaco
Dizendo a real.
Colava nas gigs,
Produzia zines,
E pra quem o visse,
Era marginal.

Nas ruas gritava,
P.M. enfrentava,
Seu ato alertava
Sobre a opressão.
Mas poucos notavam,
Pois ignoravam
O que deturpavam
Na televisão.

E articulado
Com interessados
Trocava contatos,
Fazia crescer
A contracultura,
O punk nas ruas.
Ninguém o segura
Disposto a fazer!

E o tempo passando,
O mundo mudando,
E o peito gritando
Que não vai mudar!
A vida acontece,
Responsa aparece,
O caminho endurece,
Parece matar!

Mas nunca esqueceu
Tudo o que viveu
E o que aconteceu
Até o momento.
Sempre consciente,
Ampliando a mente,
Sempre fez presente
Todo o ensinamento.

As roupas mudaram,
Pessoas passaram,
Mil outras chegaram,
Vem nova lição.
É outro horizonte,
É um novo front
E a luta constante
Em seu coração.

Em seu dia-a-dia,
Clamando anarquia,
Quem não conhecia
Passa a admirar.
E o que foi vivido
Num tempo já ido
Continua vivo,
Sempre a renovar.

Não importa a luta
Que agora labuta,
A sua conduta
Sempre vai dizer:
"Foda-se o sistema!
A ideia é certeira!
O peito diz: Êra!
Punk até morrer!"


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