Se a paixão é algo que nos é negado,
Será proibido, então, sentir por dentro
Esta sensação de que se queima o peito
Ao se respirar, assim, desavisado?
Ninguém avisara sobre este pecado,
Mas se enfim soubesse, inda teria feito
O meu coração, sem meu consentimento,
O que bem fizera ao ter me descuidado!
Se tudo que sinto a ti parece errado,
Culpa-me, transforma-me em desdenhado,
Faze o que quiseres se te dou tormento!
Mas nada proíba a mim – nem mesmo o fado –
De sentir-me assim, eterno apaixonado,
Pois nada é a culpa frente ao sentimento.
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