Um medo que não fere atinge o peito,
Sorriso ao medo surge acompanhado.
Sem nada resistir, sou apanhado.
À sorte da incerteza estou sujeito.
Qual fosse mais vital, menos defeito,
Aquilo que é incerto é declarado,
Assim como o que é certo está negado
E o mistério é dado por direito.
Mas eu sorri! A causa deste efeito,
Na linha entre o perfeito e o imperfeito,
Faz deste medo assombro contemplado.
Pois tu surgiste viva! E neste feito
Deixaste, além do medo e deste preito,
Um coração poético encantado.