Minha política é a poesia.
Não há partido a não ser a quebra das estrofes.
Não há reinado a não ser o das sensações.
Minha política está embasada em valores pouco habituais.
Está embasada em flores, em céus,
No café que porventura eu possa tomar,
Em uma cena cotidiana que se destaca,
Até mesmo no desvario de minha mente.
Minha política é somente a poesia.
A bandeira que carrego não tem forma,
Tem todas as cores, tem ousadia e sentimento.
Não precisa que a promovam.
Ela se propaga a cada olhar espantado,
Admirado ou até mesmo infonformado.
Não precisa conquistar confiança.
Ela já é a maior confidente.
Ela está em tudo, mas não é ditadora.
Ela é revolucionária, indomável, amorosa.
Minha política é tão somente a poesia.
Não há ídolos, mártires, profetas.
Há verso. E o verso é universal.
O verso é igualitário, contestador,
O verso é batalha e solidariedade.
Minha política é a poesia
E minha poesia é anarquista.