Respeite a arte! Ao reproduzir em outros lugares a obra de algum artista, cite o autor. Todas as poesias aqui presentes foram escritas por Mao Punk.

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Textos que expõem a fragilidade e indecência humanas de forma irônica, metafórica e sem embelezamentos.

terça-feira, 27 de março de 2012

DESAB/AR

Nuvens de pensamentos. Por fim,
Uma pergunta jogada ao léu:
Será que o céu desabou sobre mim
Ou fui eu que voei e cheguei ao céu?

terça-feira, 20 de março de 2012

MINHA AUSÊNCIA, ISABELLY

Oh, se tu soubesses, doce Isabelly,
Quanto esta atitude minha me condena!
Mas como curar a minha imensa pena
Sem que haja algum feitio que se apele?

Portanto recorro, frente ao desespero,
À ausência ingrata qual remédio incerto.
Pois se me aproximo, mais lhe quero perto;
Se lhe tenho longe, não me sinto inteiro.

Se me distancio é minha inocência,
Meu tolo recurso que implora clemência
Porque já não sei lidar com o que sinto.

Isabelly, saibas como corre o pranto!
Sinto-me tão tolo por me esconder tanto
Quando sei que és tu quem tanto necessito!

domingo, 18 de março de 2012

ÁGUA

Algo corrente,
Corrente que não prende.
Água que corre:
Poesia que me move!

quinta-feira, 8 de março de 2012

TRANSTORNO

Quanta fuga vã, céus!
Quanto céu em vão!
Pois se corro ao léu,
Voo em queda ao chão.

quarta-feira, 7 de março de 2012

QUEM DEIXOU EM MIM ESTE VAZIO QUE TRAGO?

Eis que a ironia, rude, inquietante,
Dá sua cara à mostra, cheia de gracejo:
Como me fiz cego por tanto que vejo!
Como tem tal peso o nada adiante!

Este desacato segue triunfante.
É indesejado este cruel desejo.
Como seca os lábios ao querer um beijo!
Como molha os olhos ao te ver distante!

E já não entendo quanto ao meu instante
Sou ou não culpado por este semblante
Qual tristeza feita à falta de ensejo.

Tu deixaste em mim este vazio cortante
Ou eu que deixei este querer frustrante
Fazer em meu peito vão que já não preencho?