Agradeço aos loucos
Por serem eles a melhor parte de tudo.
Agradeço as palavras quase desconexas,
As visões, miragens, previsões,
Agradeço suas lágrimas súbitas,
Seus sorrisos a qualquer cor do dia,
Agradeço ainda o restante de inocência
(Pois os loucos conservam uma inocência
Que pessoa nenhuma sabe o que é).
Os loucos compreendem que a vida não é um jogo,
Eles sabem que omitir é fraqueza mundana
E também é mundano não ser o que se é.
Os loucos se entregam totalmente aos sentimentos,
Porque a entrega total é Loucura.
Porque a Loucura é algo total, nunca algo pela metade.
Os loucos são incompreendidos,
Mas têm a compreensão de tudo.
Loucos são pedaços inteiros de sinceridade.
Os loucos se expressam.
Às vezes de forma bem primária.
Mas forma é só estética,
O valor é transcendente.
Alguns loucos escrevem. Escrevem mal.
Alguns escrevem bem. O que importa?
A Loucura, bem maior, não oprime.
A Loucura liberta, abraça, beija,
A Loucura acaricia, envolve, morde,
A Loucura – deusa! – fode gostoso
E oferece tudo o que precisamos.
Por Mao Punk: Decidi divulgar poesias minhas por email para alguns amigos. Uma amiga, LOah, criou esse blog com tais poesias e me permitiu editá-lo. VALEU,LOAH! Você me ajudou a expandir a expressão! Eis poesias que escrevi entre 2006 aos dias de hoje. Estão fora de cronologia,mas a expressão é livre para isso! Mais uma vez, valeu, LOah! E obrigado a todxs que leem o blog! Sem vocês a expressão ficaria limitada! PAZ E ANARQUIA!
Respeite a arte! Ao reproduzir em outros lugares a obra de algum artista, cite o autor. Todas as poesias aqui presentes foram escritas por Mao Punk.
Visite também meu blog de textos: RESQUÍCIOS DEPRESSIVOS, SUJOS E NOJENTOS .
Textos que expõem a fragilidade e indecência humanas de forma irônica, metafórica e sem embelezamentos.
segunda-feira, 25 de abril de 2011
domingo, 24 de abril de 2011
sexta-feira, 15 de abril de 2011
VERSOS DE BOA NOITE
Ora fez-se a luz na noite escura,
Se houvesse flor, floresceria!
Onde não houvesse, surgiria
Quando assim brilhasse tal alvura.
Onde havia voz, fez-se silêncio.
Tudo o que havia contemplava
Cada raio raro que raiava
No encanto infindo do momento.
Mas não era a Lua, pois a mesma,
Ao se deparar com tal beleza,
Apagou-se a tempo, envergonhada.
Não há luas, nem sequer estrelas,
Mesmo havendo entusiasmo ao vê-las,
Que superem Vivian em sua alçada.
Se houvesse flor, floresceria!
Onde não houvesse, surgiria
Quando assim brilhasse tal alvura.
Onde havia voz, fez-se silêncio.
Tudo o que havia contemplava
Cada raio raro que raiava
No encanto infindo do momento.
Mas não era a Lua, pois a mesma,
Ao se deparar com tal beleza,
Apagou-se a tempo, envergonhada.
Não há luas, nem sequer estrelas,
Mesmo havendo entusiasmo ao vê-las,
Que superem Vivian em sua alçada.
ALÍVIO
Moça tão bela,
Ele te espera!
Ele espera toda sua sensibilidade
E todos os céus que possa oferecer!
Ele espera teu beijo
E você o dele,
Porque o beijo é um só
E pertence aos dois.
Ele espera sua presença,
Essa presença que você não espera.
E não espera porque já sente!
Você já sente a sua presença
Em cada ato realizado.
E no próximo ato há mais presença:
Um beijo onde não estarão um com o outro,
Mas um no outro, um é o outro,
Outro são dois, dois será um,
Pois quando você se aproxima
As coisas se enlaçam.
Moça tão bela,
Ele te espera!
E eu os festejo.
Ele te espera!
Ele espera toda sua sensibilidade
E todos os céus que possa oferecer!
Ele espera teu beijo
E você o dele,
Porque o beijo é um só
E pertence aos dois.
Ele espera sua presença,
Essa presença que você não espera.
E não espera porque já sente!
Você já sente a sua presença
Em cada ato realizado.
E no próximo ato há mais presença:
Um beijo onde não estarão um com o outro,
Mas um no outro, um é o outro,
Outro são dois, dois será um,
Pois quando você se aproxima
As coisas se enlaçam.
Moça tão bela,
Ele te espera!
E eu os festejo.
quarta-feira, 13 de abril de 2011
terça-feira, 12 de abril de 2011
O ERRO DA BUSCA POR INSPIRAÇÃO EM LIVROS
Procuro em vão inspiração que possa
Tirar-me cá deste vazio de versos.
Quão mais em livros busco algum progresso,
Mais reconheço, mesmo que à força,
Que meu versar qual caprichoso abrigo
É mais adorno, menos arte em suma.
É mais lamento, mais a pena dura
De algum desejo que trago comigo.
Poetizar de jeito extr'ordinário
Eu bem intento, assim reconheço
Que em belos livros poderei, no mais,
Achar poemas de sentidos vários.
Mas sendo alheios tornam-se contrários
A meu lirismo. Inspiração jamais!
Tirar-me cá deste vazio de versos.
Quão mais em livros busco algum progresso,
Mais reconheço, mesmo que à força,
Que meu versar qual caprichoso abrigo
É mais adorno, menos arte em suma.
É mais lamento, mais a pena dura
De algum desejo que trago comigo.
Poetizar de jeito extr'ordinário
Eu bem intento, assim reconheço
Que em belos livros poderei, no mais,
Achar poemas de sentidos vários.
Mas sendo alheios tornam-se contrários
A meu lirismo. Inspiração jamais!
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