Não sou feito para viver.
Meus lábios são feitos para sorrir versos,
Não para beijar lábios que desejo.
O meu desejo mesmo não foi feito para que se satisfaça,
Mas para criar poesia que me sustente.
Meu corpo não é feito para amores,
Pois os amores se fazem tão pouco
Que se perdem em qualquer ponto da pele.
E minha pele é do vento, é do ar!
Meus olhos têm brilhos que começam
Nas cores de tudo aquilo que vejo
E terminam somente no próximo brilho.
Meu peito não sangra por mim,
Pois eu sem qualquer poética sou vazio
E a poesia é o que alimenta o peito.
Por isso o sangue também é verso
E meu peito sangra pela poesia.
Eu sou pela poesia, existo pela poesia!
Não tenho qualquer conquista
Porque não posso vencer o poema
E o poema está em tudo.
Eis meu feitio, ninguém pode entender.
Não sou feito para viver.
Sou feito para viver além, nos versos.
Por Mao Punk: Decidi divulgar poesias minhas por email para alguns amigos. Uma amiga, LOah, criou esse blog com tais poesias e me permitiu editá-lo. VALEU,LOAH! Você me ajudou a expandir a expressão! Eis poesias que escrevi entre 2006 aos dias de hoje. Estão fora de cronologia,mas a expressão é livre para isso! Mais uma vez, valeu, LOah! E obrigado a todxs que leem o blog! Sem vocês a expressão ficaria limitada! PAZ E ANARQUIA!
Respeite a arte! Ao reproduzir em outros lugares a obra de algum artista, cite o autor. Todas as poesias aqui presentes foram escritas por Mao Punk.
Visite também meu blog de textos: RESQUÍCIOS DEPRESSIVOS, SUJOS E NOJENTOS .
Textos que expõem a fragilidade e indecência humanas de forma irônica, metafórica e sem embelezamentos.
segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011
segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011
JULIANA É UM PÁSSARO EM UM CÉU
Sou poeta.
E o sou porque assim sou livre.
Porque há mais céus nessas linhas
Do que nuvens no céu.
E para cada céu há mais linhas.
Sou poeta porque não sei o que é não ser poeta.
Não ser poeta deve ser algo como
Ter um só céu, viver em um só planeta,
Acordar, respirar, comer, cansar, dormir.
Eu não sei o que é isso.
Mas sei o que é o avesso, o contrário.
Sei, pretensiosamente, o que é ser poeta.
Sou poeta porque toco estrelas,
Porque bebo cores e como ares.
Sou poeta porque a música toca,
Eu escrevo e o anseio dança.
É por tantos versos que sou poeta!
Os céus ao meu redor me envolvem.
Ah! Eu deixarei que seja assim!
Sou poeta porque assim tudo posso
E porque sentir esse beijo alivia.
E o sou porque assim sou livre.
Porque há mais céus nessas linhas
Do que nuvens no céu.
E para cada céu há mais linhas.
Sou poeta porque não sei o que é não ser poeta.
Não ser poeta deve ser algo como
Ter um só céu, viver em um só planeta,
Acordar, respirar, comer, cansar, dormir.
Eu não sei o que é isso.
Mas sei o que é o avesso, o contrário.
Sei, pretensiosamente, o que é ser poeta.
Sou poeta porque toco estrelas,
Porque bebo cores e como ares.
Sou poeta porque a música toca,
Eu escrevo e o anseio dança.
É por tantos versos que sou poeta!
Os céus ao meu redor me envolvem.
Ah! Eu deixarei que seja assim!
Sou poeta porque assim tudo posso
E porque sentir esse beijo alivia.
quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011
SONETO À FLOR DE SANTANA
Tanto fui surpreendido por essa vontade
De versar-te, Flor, que agora lhe confesso:
Eu já não sei sequer como formar um verso
Que poetize o anseio com fidelidade.
Inspiração me surge viva, no entanto
De mim foge a altivez que vem da poesia.
O verso já não cumpre aquilo que devia,
Se esvai, sem alegria, a perecer num canto.
Oh, Flor! É com penar que te peço desculpas
Se o verso acabrunhado acaso te machuca
Por ter faltado aqui um tanto de gracejo.
Mas há de entender este poeta errante:
Seria a poesia mais emocionante
Se aqui não me faltasse a graça de teu beijo.
De versar-te, Flor, que agora lhe confesso:
Eu já não sei sequer como formar um verso
Que poetize o anseio com fidelidade.
Inspiração me surge viva, no entanto
De mim foge a altivez que vem da poesia.
O verso já não cumpre aquilo que devia,
Se esvai, sem alegria, a perecer num canto.
Oh, Flor! É com penar que te peço desculpas
Se o verso acabrunhado acaso te machuca
Por ter faltado aqui um tanto de gracejo.
Mas há de entender este poeta errante:
Seria a poesia mais emocionante
Se aqui não me faltasse a graça de teu beijo.
sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011
Olá, leitorxs do meu blog! Ganhei este selo da Victória Carneo, do blog Poeira Estelar - Muito obrigado, Victória!
Para quem não conhece esta coisa de selo, vou explicar: um selo é uma maneira de homenagear um blog que você gosta. Você dá o selo de presente para um blog.Quem o recebe deve passar adiante para outros blogs. As condições para esse selo que recebi são as seguintes:
1- Contar 10 coisas sobre mim;
2- Dedicar para mais 10 blogs;
3- E avisá-los sobre a dedicação.
COISAS SOBRE MIM (uau... o que dizer?)
1- Para mim, amig@s estão acima de qualquer coisa
2- Sou anarquista. E quem procurar informação sobre isso não se arrependerá.
3- Sou vegano, protetor e defensor dos direitos dos animais.
4- Sou ativista e acredito que manifestar é preciso (seja lá qual a maneira que você escolheu para isso).
5- Considero a arte uma das maneiras mais importantes para alcançar a mudança social.
6- Sou ateu, o que não significa ser monstro. O importante é respeitar diferenças.
7- Não bebo, não fumo, não uso nenhum tipo de droga. Minha consciência agradece.
8- Aparento ter 16 anos de idade, embora tenha uma tanto a mais.
9- Gostaria de saber dançar, mas não sei nem sambar. Um dia aprenderei a sambar! (Sim. Gosto de samba. E também de barulheira que agride os ouvidos. Até que sou eclético).
10- Não vivo sem escrever, pois escrever é uma condição.
- Se quiserem saber mais sobre mim, me liguem no número 9.....
- Chega, Mao! Tá chato saber de você! Repasse logo o selo para os outros blogs!
Ok! Não consegui escolher 10 blogs =/
Mas estou presenteando alguns que me chamam a atençäo. Seja pela simplicidade da escrita, seja pelo humor, seja pela poesia ou pela forma bonita de colocar as palavras. Os blogs são:
Tudo que fica no Ar
PoetaMente
A Menina Escabrosa e sua Bagatela Poética
Até Onde Posso Ir?
LorOtas
Pelos Meus Óculos
Sei Lá
The Blower’s Daughter
Boa leitura e beijos para tod@s!
quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011
FLOR DE JANEIRO
Inútil proferir qualquer saudade!
Há tempos fez-se o pó, enquanto o vento
O pó levou consigo em um momento
Distante qual perdida antiguidade.
Embora deste tempo reste o riso
Perpetuado, a alma já cansada
Já não almeja aquilo que almejava.
Incrédulo desdenho o que sinto.
Saudade é vil, perfídia ao presente,
Sorriso ao ser lembrado é descontente
Ao tomar o lugar que deveria
Pertencer a um sorriso mais recente.
Mas nada há de negar, inutilmente,
Que esta saudade já foi alegria.
Há tempos fez-se o pó, enquanto o vento
O pó levou consigo em um momento
Distante qual perdida antiguidade.
Embora deste tempo reste o riso
Perpetuado, a alma já cansada
Já não almeja aquilo que almejava.
Incrédulo desdenho o que sinto.
Saudade é vil, perfídia ao presente,
Sorriso ao ser lembrado é descontente
Ao tomar o lugar que deveria
Pertencer a um sorriso mais recente.
Mas nada há de negar, inutilmente,
Que esta saudade já foi alegria.
terça-feira, 1 de fevereiro de 2011
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