DEI(XA)
ESSA
MINHA
ALMA...
MEN-
-INA...
-TE...
TOCAR!
...PARA TI!
Por Mao Punk: Decidi divulgar poesias minhas por email para alguns amigos. Uma amiga, LOah, criou esse blog com tais poesias e me permitiu editá-lo. VALEU,LOAH! Você me ajudou a expandir a expressão! Eis poesias que escrevi entre 2006 aos dias de hoje. Estão fora de cronologia,mas a expressão é livre para isso! Mais uma vez, valeu, LOah! E obrigado a todxs que leem o blog! Sem vocês a expressão ficaria limitada! PAZ E ANARQUIA!
Respeite a arte! Ao reproduzir em outros lugares a obra de algum artista, cite o autor. Todas as poesias aqui presentes foram escritas por Mao Punk.
Visite também meu blog de textos: RESQUÍCIOS DEPRESSIVOS, SUJOS E NOJENTOS .
Textos que expõem a fragilidade e indecência humanas de forma irônica, metafórica e sem embelezamentos.
quinta-feira, 30 de setembro de 2010
sexta-feira, 24 de setembro de 2010
quinta-feira, 23 de setembro de 2010
quarta-feira, 22 de setembro de 2010
segunda-feira, 20 de setembro de 2010
sábado, 18 de setembro de 2010
COMPOSIÇÃO DO TEMPO ou LAMÚRIA DA INOCÊNCIA
Ele não percebeu o tic tac
Tocando num toque tosco,
Toque todo zombeteiro,
Zum zum zum de desgosto.
Tic tac, tic toca,
Ti que – toc –
Que se toque!
E corre o ponteiro, aponta
A ponta do desespero
Que vem pela frente.
Reaja! Aja!Enfrente!
Tic tac, tic toca,
Ti que – toc –
Que se toque!
Haja paciência
Para a falta de ciência
De que tudo se acaba
Do nada, para o nada.
Tic tac, tic toca,
Ti que – toc –
Que se toque!
Tudo é lindo até agora,
Todo agora é para sempre,
Todo o sempre é muito breve,
Todo breve ri da gente.
Tic tac, tic toca,
Ti que – toc –
Que se toque!
Mas ao menos nesse tempo
Tem poema. Mas no “ao menos”
Tem o medo que se perca
Em um momento a inocência
Que hoje há.
Tic tac tá que tá,
Que seu toque faz chorar.
Tocando num toque tosco,
Toque todo zombeteiro,
Zum zum zum de desgosto.
Tic tac, tic toca,
Ti que – toc –
Que se toque!
E corre o ponteiro, aponta
A ponta do desespero
Que vem pela frente.
Reaja! Aja!Enfrente!
Tic tac, tic toca,
Ti que – toc –
Que se toque!
Haja paciência
Para a falta de ciência
De que tudo se acaba
Do nada, para o nada.
Tic tac, tic toca,
Ti que – toc –
Que se toque!
Tudo é lindo até agora,
Todo agora é para sempre,
Todo o sempre é muito breve,
Todo breve ri da gente.
Tic tac, tic toca,
Ti que – toc –
Que se toque!
Mas ao menos nesse tempo
Tem poema. Mas no “ao menos”
Tem o medo que se perca
Em um momento a inocência
Que hoje há.
Tic tac tá que tá,
Que seu toque faz chorar.
domingo, 12 de setembro de 2010
LÍNGUA PORTUGUESA
Língua portuguesa,
Vilã rude do Brasil!
Oh! Norma culta,
Vá pra culta que pariu!
Pois de tão difícil
Já te vejo como insulto.
Como te escrever, língua?
Vá tomar no culto!
Vilã rude do Brasil!
Oh! Norma culta,
Vá pra culta que pariu!
Pois de tão difícil
Já te vejo como insulto.
Como te escrever, língua?
Vá tomar no culto!
sexta-feira, 10 de setembro de 2010
LIRISMO INGÊNUO
Há uns nove anos
Tudo que eu escrevia era simples.
Era qualquer paixão de garoto,
Era qualquer timidez bem calada,
Era qualquer desabafo...
Típico de quem tem catorze anos.
Não me importava com rimas,
Não me importava com nada!
O que viesse a cabeça, eu escrevia.
E o tempo passa e exigimos mais de nós.
Aí vem a tentativa do lirismo formal,
Vêm quadras infames,
Vêm rimas infantis,
Vem aquilo que nos envergonha
Quando lemos novamente.
Mas continuamos a busca
Por uma expressão mais bela.
E então vêm odes, elegias, sonetos...
Parece que a expressão não se completa
Se não dermos a ela um ar sofisticado.
Pura ilusão! A expressão é sempre expressão.
E hoje, nove anos depois,
Vejo que meus versos mal escritos
E meus versos trabalhados
São idênticos no que diz respeito à essência.
E para não desmerecer o jeito ingênuo de versar,
Para não dizer que renego minha raiz,
Para confirmar que o poeta está na expressão
E não nos versos em si
(Pois versos sem expressão não é poesia,
Assim como não há poeta sem expressão
E a poesia não precisa necessariamente de versos, só de asas),
Para que eu faça preito à adolescência perdida,
Escrevo esta poesia sem rimas, sem forma,
Sem formalidade, sem beleza.
Assim posso dizer, ao menos por agora,
Que não me importo com a cara que meus versos têm.
Oh! Lirismo ingênuo que não volta mais!
Tudo que eu escrevia era simples.
Era qualquer paixão de garoto,
Era qualquer timidez bem calada,
Era qualquer desabafo...
Típico de quem tem catorze anos.
Não me importava com rimas,
Não me importava com nada!
O que viesse a cabeça, eu escrevia.
E o tempo passa e exigimos mais de nós.
Aí vem a tentativa do lirismo formal,
Vêm quadras infames,
Vêm rimas infantis,
Vem aquilo que nos envergonha
Quando lemos novamente.
Mas continuamos a busca
Por uma expressão mais bela.
E então vêm odes, elegias, sonetos...
Parece que a expressão não se completa
Se não dermos a ela um ar sofisticado.
Pura ilusão! A expressão é sempre expressão.
E hoje, nove anos depois,
Vejo que meus versos mal escritos
E meus versos trabalhados
São idênticos no que diz respeito à essência.
E para não desmerecer o jeito ingênuo de versar,
Para não dizer que renego minha raiz,
Para confirmar que o poeta está na expressão
E não nos versos em si
(Pois versos sem expressão não é poesia,
Assim como não há poeta sem expressão
E a poesia não precisa necessariamente de versos, só de asas),
Para que eu faça preito à adolescência perdida,
Escrevo esta poesia sem rimas, sem forma,
Sem formalidade, sem beleza.
Assim posso dizer, ao menos por agora,
Que não me importo com a cara que meus versos têm.
Oh! Lirismo ingênuo que não volta mais!
quinta-feira, 9 de setembro de 2010
DESARMA-TE, BEATRIZ
Beatriz! Isto é uma arma,
Não apontes para mim!
Desarma-te, tenha calma.
Podes me atingir assim.
Por favor, tende piedade,
Poupa-me de tua mira.
Desarma-te, por caridade,
Antes que isto me fira.
Beatriz, muito cuidado!
Contra isso não há escudo.
Quantos foram machucados
Por conta de teu descuido?
Desarma-te como for,
Ouça este que te fala.
Fecha os olhos, por favor,
Pois são eles tua arma.
Não apontes para mim!
Desarma-te, tenha calma.
Podes me atingir assim.
Por favor, tende piedade,
Poupa-me de tua mira.
Desarma-te, por caridade,
Antes que isto me fira.
Beatriz, muito cuidado!
Contra isso não há escudo.
Quantos foram machucados
Por conta de teu descuido?
Desarma-te como for,
Ouça este que te fala.
Fecha os olhos, por favor,
Pois são eles tua arma.
segunda-feira, 6 de setembro de 2010
PARA NÃO SER SONETO
Por ora estou exausto de escrever sonetos.
Cansado da métrica romântica
Dos versos que suspiram regrados
Em duas quadras e dois tercetos.
Falar de paixões ou algo assim
É algo que, por ora, não me vale.
Senão, certamente, isso seria um soneto.
E já disse que isso eu não quero.
Prefiro escrever algo sobre... algo!
Prefiro escrever algo sobre!
E para não escrever um soneto
Escrevo estes versos sobre sonetos,
Escrevo uma fuga em círculo.
Cansado da métrica romântica
Dos versos que suspiram regrados
Em duas quadras e dois tercetos.
Falar de paixões ou algo assim
É algo que, por ora, não me vale.
Senão, certamente, isso seria um soneto.
E já disse que isso eu não quero.
Prefiro escrever algo sobre... algo!
Prefiro escrever algo sobre!
E para não escrever um soneto
Escrevo estes versos sobre sonetos,
Escrevo uma fuga em círculo.
quarta-feira, 1 de setembro de 2010
EU, ANTAGONISTA POR BEM
Visto-me de pétalas macias
Da flor do jardim de sacrifícios.
Cada pétala obtida é um espinho
Que fere a pele e então perfuma.
Tão confuso assim é este meu fado,
Tal é meu conforto que me arranha.
Nesta condição nada se ganha
Se o sorriso teu se faz calado.
Mas se sinto vindo teu sorriso
A dor por qual passo nesta hora
É pluma a voar, é passarinho!
E, portanto, vale-me o espinho
Se ferir minha pele, como agora,
P'ra trazer teu riso em meu caminho.
Da flor do jardim de sacrifícios.
Cada pétala obtida é um espinho
Que fere a pele e então perfuma.
Tão confuso assim é este meu fado,
Tal é meu conforto que me arranha.
Nesta condição nada se ganha
Se o sorriso teu se faz calado.
Mas se sinto vindo teu sorriso
A dor por qual passo nesta hora
É pluma a voar, é passarinho!
E, portanto, vale-me o espinho
Se ferir minha pele, como agora,
P'ra trazer teu riso em meu caminho.
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