Nosso sorriso de sangue
Dado aos ventos, à rubra brisa,
Finge enaltecer a nossa vista,
Nossa visão carmim de falso engano.
Pega o pano, enxuga o pranto,
Torce um tanto, sai a tinta
Qual vermelho sangue, tilinta
Gotejando agudas gotas,
Escorrendo qualquer coisa
Que ninguém quer notar.
Dê seu sorriso de sangue,
Mira o rubro olhar nos olhos,
Encontra noutro olhar a alma
E teu sorriso perderá a calma,
Talvez não a coloração.
O vermelho aumenta a pulsação
E o pano já não enxuga o pranto,
O sorriso cerra-se no instante.
Encontrou, por fim, um branco olhar,
Um semblante sério, confiante,
Cansado de lacrimejar sangue,
Cansado do sorriso tolo,
Cansado de limpar c’o pano
A própria falta de bom senso.
O que fará c’o pano em suas mãos?
Qual é a cor do próximo sorriso?
Nos olhos qual será a intenção?
O que fará c’o rubro em seu caminho?
O que será de nós, tolos humanos?
Por Mao Punk: Decidi divulgar poesias minhas por email para alguns amigos. Uma amiga, LOah, criou esse blog com tais poesias e me permitiu editá-lo. VALEU,LOAH! Você me ajudou a expandir a expressão! Eis poesias que escrevi entre 2006 aos dias de hoje. Estão fora de cronologia,mas a expressão é livre para isso! Mais uma vez, valeu, LOah! E obrigado a todxs que leem o blog! Sem vocês a expressão ficaria limitada! PAZ E ANARQUIA!
Respeite a arte! Ao reproduzir em outros lugares a obra de algum artista, cite o autor. Todas as poesias aqui presentes foram escritas por Mao Punk.
Visite também meu blog de textos: RESQUÍCIOS DEPRESSIVOS, SUJOS E NOJENTOS .
Textos que expõem a fragilidade e indecência humanas de forma irônica, metafórica e sem embelezamentos.
segunda-feira, 22 de março de 2010
sexta-feira, 19 de março de 2010
SONETO DA MEMÓRIA VIVA
Viu aquele brilho intenso.
Não vinha do Sol, sequer d’um raio.
Nem mesmo surgia d’algum astro.
Surgia de Ana em tal momento.
A brisa, arrepiando o corpo,
Não era do vento que soprava,
Não era do tempo que fechava,
Mas era Ana, seu conforto.
Lembrava agora que ao seu lado
Não era Ana então presente.
Mas que presente lh’era o fato
De olhar tão logo à sua frente
A amada Ana. Infelizmente
Não era Ana. Era um retrato.
Não vinha do Sol, sequer d’um raio.
Nem mesmo surgia d’algum astro.
Surgia de Ana em tal momento.
A brisa, arrepiando o corpo,
Não era do vento que soprava,
Não era do tempo que fechava,
Mas era Ana, seu conforto.
Lembrava agora que ao seu lado
Não era Ana então presente.
Mas que presente lh’era o fato
De olhar tão logo à sua frente
A amada Ana. Infelizmente
Não era Ana. Era um retrato.
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