Carlos me avisou:
O mundo não vale a pena
E sequer vale o próprio mundo.
Eu é que me descuido.
Eu é que ainda penso
Que qualquer coisa que faço
Vale-me o passo que é dado,
Vale-me os passos falsos.
Valha-me, céus! Nada disso!
Eu apenas ando e tropeço.
E invento causas às coisas,
Como todos nós.
Eu sou como quem me fere.
Eu me firo como a outrem.
Eu sou humano.
Para minha infelicidade
Não nasci pedra.
Quisera eu ser pedra!
Ser a pedra desinteressada,
A pedra dura,
A pedra alheia, calma,
A pedra indiferente,
A pedra não notável.
Pedras não concluem poemas.
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