Este poema não é sobre esperança,
Pois a esperança há tempos faleceu.
Estive em seu leito e agora descansa.
Quão cruel a vida, o coveiro fui eu!
E se o pranto cai e umedece o chão
Fazendo brotar da terra alguma flor,
O mesmo não serve qual consolação
Para o que findou e àquilo que inda for,
Pois tudo que morre permanece morto
E desconsidera o que nos molha o rosto.
Mas quis o poema celebrar o dia!
Se minha esperança é morta e enterrada,
Com o amanhecer nasce uma alvorada
E junto à alvorada nasce a poesia!
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