De que vale, céus!, alguém respirar flores,
Exalar na pele o cheiro de um romance?
De que vale em vida alguém ter ao alcance
Cada estrela altiva e o brilho de suas cores?
De que vale o verso averso a certas dores,
O poema escrito, o verbo e o instante?
De que vale a pena vinda dos amantes?
De que vale tanto suspirar e ardores?
Eu vos digo – o peito feito em dissabores –
Que de nada vale expressar amores
Quando gesto algum parece relevante.
Tudo fere, enjoa, tudo traz rancores,
Este mundo inteiro é feito de horrores,
Nenhum sentimento vivo é importante.
Por Mao Punk: Decidi divulgar poesias minhas por email para alguns amigos. Uma amiga, LOah, criou esse blog com tais poesias e me permitiu editá-lo. VALEU,LOAH! Você me ajudou a expandir a expressão! Eis poesias que escrevi entre 2006 aos dias de hoje. Estão fora de cronologia,mas a expressão é livre para isso! Mais uma vez, valeu, LOah! E obrigado a todxs que leem o blog! Sem vocês a expressão ficaria limitada! PAZ E ANARQUIA!
Respeite a arte! Ao reproduzir em outros lugares a obra de algum artista, cite o autor. Todas as poesias aqui presentes foram escritas por Mao Punk.
Visite também meu blog de textos: RESQUÍCIOS DEPRESSIVOS, SUJOS E NOJENTOS .
Textos que expõem a fragilidade e indecência humanas de forma irônica, metafórica e sem embelezamentos.
terça-feira, 10 de abril de 2012
domingo, 8 de abril de 2012
PORQUE SOU POETA
Os beijos não dados
Têm gosto de festa
Em qual fui convidado,
Porque sou poeta!
Pranto derramado
A dor me aquieta
Quando relatado,
Porque sou poeta!
O que é desejado
Não é minha meta
Se não expressado,
Porque sou poeta!
E sou desgraçado
Na glória que flerta
Com dores e fados,
Porque sou poeta!
Têm gosto de festa
Em qual fui convidado,
Porque sou poeta!
Pranto derramado
A dor me aquieta
Quando relatado,
Porque sou poeta!
O que é desejado
Não é minha meta
Se não expressado,
Porque sou poeta!
E sou desgraçado
Na glória que flerta
Com dores e fados,
Porque sou poeta!
sexta-feira, 6 de abril de 2012
MILAGRE ATEÍSTA
Como fosse pão, preciso de meus versos!
Eu não sou cristão, nem Cristo, mas vos digo:
Qual fosse milagre, os versos multiplico,
Não caminho n’água, voo em céu aberto!
Pois os meus poemas tais me santificam!
Sou meu milagreiro a recriar o mundo
E qualquer “inferno”, seja lá quão fundo,
Jamais queimará os versos que edificam.
Sou um deus se tenho uma folha em branco
E algum transtorno que me traga pranto.
Nada agora tem mais força do que eu!
É quando transformo a dor em alegria
Ao anunciá-la como poesia!
Existem milagres feitos por ateus.
Eu não sou cristão, nem Cristo, mas vos digo:
Qual fosse milagre, os versos multiplico,
Não caminho n’água, voo em céu aberto!
Pois os meus poemas tais me santificam!
Sou meu milagreiro a recriar o mundo
E qualquer “inferno”, seja lá quão fundo,
Jamais queimará os versos que edificam.
Sou um deus se tenho uma folha em branco
E algum transtorno que me traga pranto.
Nada agora tem mais força do que eu!
É quando transformo a dor em alegria
Ao anunciá-la como poesia!
Existem milagres feitos por ateus.
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