Comemoremos todos o ano novo!
Brindemos nossas mil prosperidades!
*
Pois José, feliz operário,
Recebeu seu décimo terceiro salário.
Joana, quase louca,
Entrega seu corpo às suas novas roupas.
E Rúbia, na noite escura,
Entrega sua alma por carícias cruas.
Feliz está Alberoni,
Criança robusta a comer panetone.
Sorri, como nunca, Rebeca,
Brincando contente com sua boneca.
E Adão, rapaz desdentado,
Exibe um sorriso por qualquer trocado.
Contente está Seu João,
Deitado, assistindo à televisão.
Marido de Dona Teresa
Com água na boca se senta à mesa,
Enquanto que Terezinha
Fica encarregada de toda a cozinha.
E lá está o Teixeira,
Colocando as carnes na churrasqueira.
Logo veremos Trindade
Bebendo a cerveja que lhe der vontade.
Nessa hora, um grito abafado.
Alguém se lembra de ter escutado?
*
Comemoremos esta vida linda!
Brindemos mais um ano apaixonante!
A festa se inicia com boas vindas,
Termina na piscina de teu sangue.
Por Mao Punk: Decidi divulgar poesias minhas por email para alguns amigos. Uma amiga, LOah, criou esse blog com tais poesias e me permitiu editá-lo. VALEU,LOAH! Você me ajudou a expandir a expressão! Eis poesias que escrevi entre 2006 aos dias de hoje. Estão fora de cronologia,mas a expressão é livre para isso! Mais uma vez, valeu, LOah! E obrigado a todxs que leem o blog! Sem vocês a expressão ficaria limitada! PAZ E ANARQUIA!
Respeite a arte! Ao reproduzir em outros lugares a obra de algum artista, cite o autor. Todas as poesias aqui presentes foram escritas por Mao Punk.
Visite também meu blog de textos: RESQUÍCIOS DEPRESSIVOS, SUJOS E NOJENTOS .
Textos que expõem a fragilidade e indecência humanas de forma irônica, metafórica e sem embelezamentos.
quinta-feira, 30 de dezembro de 2010
terça-feira, 28 de dezembro de 2010
POR FALAR NISSO, GRAZIELLE...
Se nos prendem a correntes
É porque nos querem bem.
Se nos sangram, nos golpeiam,
É porque nos querem bem.
Se proclamam aos quatro ventos
Mil verdades visionárias
Das quais nenhuma agrada
É porque nos querem bem.
Se nos puxam pela corda
É porque nos querem bem.
Se ao falar nos dão as costas
É porque nos querem bem.
Se colocam-nos mordaças,
Marcam a ferro nossa alma
E desprezam os anseios
É porque nos querem bem.
Se nos contam cem mentiras
É porque nos querem bem.
Se escondem o que é vida
É porque nos querem bem.
De intenções, assim, louváveis
O inferno já transborda
E a massa ainda concorda
Que é porque nos querem bem.
É porque nos querem bem.
Se nos sangram, nos golpeiam,
É porque nos querem bem.
Se proclamam aos quatro ventos
Mil verdades visionárias
Das quais nenhuma agrada
É porque nos querem bem.
Se nos puxam pela corda
É porque nos querem bem.
Se ao falar nos dão as costas
É porque nos querem bem.
Se colocam-nos mordaças,
Marcam a ferro nossa alma
E desprezam os anseios
É porque nos querem bem.
Se nos contam cem mentiras
É porque nos querem bem.
Se escondem o que é vida
É porque nos querem bem.
De intenções, assim, louváveis
O inferno já transborda
E a massa ainda concorda
Que é porque nos querem bem.
segunda-feira, 27 de dezembro de 2010
NOVÍSSIMA POESIA
Privar-me do pecado é demais insensato,
Sugar-me este veneno, tal meu elixir,
Que tanto evitam pasmos. A mim faz sorrir
Pensar em seu sabor, veneno adorado!
Pudera! A poesia, Louca, desregrada,
É arte, desmantela a lei universal.
Se lhe cercam com altos muros o quintal,
Mirando o olhar ao céu encontra-se estrada!
Sobrevoa a barreira, insurge no infinito,
Anseia o verso mais impuro se preciso,
Derrama-me veneno a me encher de beijos.
Se fosse a outro alguém, seria este aflito
Fugindo do pecado a evitar conflito.
Evitam o pecado, eu tenho-lhe desejo.
Sugar-me este veneno, tal meu elixir,
Que tanto evitam pasmos. A mim faz sorrir
Pensar em seu sabor, veneno adorado!
Pudera! A poesia, Louca, desregrada,
É arte, desmantela a lei universal.
Se lhe cercam com altos muros o quintal,
Mirando o olhar ao céu encontra-se estrada!
Sobrevoa a barreira, insurge no infinito,
Anseia o verso mais impuro se preciso,
Derrama-me veneno a me encher de beijos.
Se fosse a outro alguém, seria este aflito
Fugindo do pecado a evitar conflito.
Evitam o pecado, eu tenho-lhe desejo.
segunda-feira, 20 de dezembro de 2010
TIREM O CHAPÉU PARA A ARTE*
Tirem o chapéu para a arte!
Tirem o chapéu para a arte!
Dela, da arte bela, surge a cura da mazela!
Quem duvida pega o artista e manda para a cela!
E a rua chora o pranto de não ver em nenhum canto
Alguém a musicar o dia, a divertir o menino, a menina,
A enfeitar a avenida, triste avenida perdida entre o cinza!
Hoje o palhaço quer chorar.
A música também chora ao tocar.
Mas a tristeza, oh povo! Ela tem que se findar!
E por isso a arte pede licença e invade!
Bate na porta de nosso peito e faz morada lá dentro.
Toma as ruas com euforia, espalha alegria. ALEGRIA!
E decretam que a alegria foi proibida!
Fizeram da arte um réu!
Mas eu, eu peço que tirem o chapéu!
Tirem o chapéu para a arte!
Tirem o chapéu para a arte!
Pois se eu tirar meu chapéu e deixá-lo aqui, à parte,
Se jogarem uma moeda, que triste verdade:
Serei algemado. Mas se são contra essa maldade,
Não se intimidem: TIREM O CHAPÉU PARA A ARTE!!!
*Poesia feita para expressar repúdio à decisão do prefeito da cidade de São Paulo, Gilberto Kassab, de proibir artistas de rua.
CLIQUE AQUI PARA ASSINAR PETIÇÄO EM PROL DOS ARTISTAS DE RUA
Tirem o chapéu para a arte!
Dela, da arte bela, surge a cura da mazela!
Quem duvida pega o artista e manda para a cela!
E a rua chora o pranto de não ver em nenhum canto
Alguém a musicar o dia, a divertir o menino, a menina,
A enfeitar a avenida, triste avenida perdida entre o cinza!
Hoje o palhaço quer chorar.
A música também chora ao tocar.
Mas a tristeza, oh povo! Ela tem que se findar!
E por isso a arte pede licença e invade!
Bate na porta de nosso peito e faz morada lá dentro.
Toma as ruas com euforia, espalha alegria. ALEGRIA!
E decretam que a alegria foi proibida!
Fizeram da arte um réu!
Mas eu, eu peço que tirem o chapéu!
Tirem o chapéu para a arte!
Tirem o chapéu para a arte!
Pois se eu tirar meu chapéu e deixá-lo aqui, à parte,
Se jogarem uma moeda, que triste verdade:
Serei algemado. Mas se são contra essa maldade,
Não se intimidem: TIREM O CHAPÉU PARA A ARTE!!!
*Poesia feita para expressar repúdio à decisão do prefeito da cidade de São Paulo, Gilberto Kassab, de proibir artistas de rua.
CLIQUE AQUI PARA ASSINAR PETIÇÄO EM PROL DOS ARTISTAS DE RUA
quarta-feira, 15 de dezembro de 2010
O MUNDO NOS BRAÇOS DE JÚLIA
Júlia subiu o mais alto que pôde,
Correu e pulou, degrau por degrau,
No topo nada lhe fazia mal.
Era imbatível se estava contente.
E quantos sorrisos que Júlia inspirava!
Do alto todos poderiam ver
O pequeno sorriso de Júlia a nascer,
Brotando nos outros a paz que faltava.
A pequena Júlia era dona da vida,
Correndo, com pressa, à felicidade,
Aquela que foge de nosso compasso.
Enquanto é criança, a Júlia, perdida,
Não sabe do mundo e de sua maldade
E abarca o planeta em seu terno abraço.
quinta-feira, 9 de dezembro de 2010
MARIO E A UVA
Abram alas para a uva passar!
Já não há videiras que possam a deter,
Nem fermentação para alcoolizar
Caminhos mais doces que irá fazer.
Vai passar a banda, vai passar,
Vai passar o som antes do show,
Vai passar a uva a desfilar.
No passado fica o que passou.
Ficará passado quem a ver
Tão pequena, a uva, a exibir
Mil sabores a apetecer
Paladares acres a sorrir.
Nessa passarela passará
Uva a uva, todo o caminho.
Oh, Quintana! Tudo irá passar!
Tudo passa. A uva passarinho?
Já não há videiras que possam a deter,
Nem fermentação para alcoolizar
Caminhos mais doces que irá fazer.
Vai passar a banda, vai passar,
Vai passar o som antes do show,
Vai passar a uva a desfilar.
No passado fica o que passou.
Ficará passado quem a ver
Tão pequena, a uva, a exibir
Mil sabores a apetecer
Paladares acres a sorrir.
Nessa passarela passará
Uva a uva, todo o caminho.
Oh, Quintana! Tudo irá passar!
Tudo passa. A uva passarinho?
segunda-feira, 6 de dezembro de 2010
COMO DIGITAR UMA POESIA SEM AS TECLAS TIL E CIRCUNFLEXO
Falar de amor? Esqueça!
Como escrever “coraçao”?
Perde-se toda a beleza
E o til da “emoçao”.
Devo apelar ao lirismo?
Só falar de mim, porque
Fico impossibilitado
De escrever sobre “voce”.
Já lhe tirei o chapéu
E nem foi pra cortejar!
Esse teclado quebrado
Fez cortejo em meu lugar.
Mas será mesmo cortejo
Ou falta de “educaçao”?
Pois lhe roubou o chapéu
E mudou a “expressao”.
Como escrever “coraçao”?
Perde-se toda a beleza
E o til da “emoçao”.
Devo apelar ao lirismo?
Só falar de mim, porque
Fico impossibilitado
De escrever sobre “voce”.
Já lhe tirei o chapéu
E nem foi pra cortejar!
Esse teclado quebrado
Fez cortejo em meu lugar.
Mas será mesmo cortejo
Ou falta de “educaçao”?
Pois lhe roubou o chapéu
E mudou a “expressao”.
quinta-feira, 2 de dezembro de 2010
GRATIDÃO À POESIA
Quem mil maravilhas encontrar à vista,
Às cores do horizonte entregar o peito,
Descansar ao instante, qual ameno leito,
Quaisquer mil angústias antes tão malquistas,
Quem tirar do ouro o mérito aprovado
De ser ele o brilho mor da existência
Desmentindo fatos, teses ou ciências
Ao brilhar os olhos mais que o dourado,
Quem honrado for com feito tão virtuoso,
Juro não intentar acometer o fato,
Nem ao menos quero demonstrar desdém,
Mas tais olhos estes que brilham ao ato
Subtraem a nada se meus olhos, gratos,
Veem a poesia e brilham mais além.
Às cores do horizonte entregar o peito,
Descansar ao instante, qual ameno leito,
Quaisquer mil angústias antes tão malquistas,
Quem tirar do ouro o mérito aprovado
De ser ele o brilho mor da existência
Desmentindo fatos, teses ou ciências
Ao brilhar os olhos mais que o dourado,
Quem honrado for com feito tão virtuoso,
Juro não intentar acometer o fato,
Nem ao menos quero demonstrar desdém,
Mas tais olhos estes que brilham ao ato
Subtraem a nada se meus olhos, gratos,
Veem a poesia e brilham mais além.
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