Saudade é rio dos olhos
No rosto que não sabe nadar;
É como o ar nos pulmões
De um vento que não pode soprar;
É um aperto sentido no peito
Sem mãos para se segurar.
O embate do corpo com o mundo,
Mas sem que se possa apartar.
É uma casa decorada
Que não pode servir de lar;
É o que nunca mais acontece,
Mas que nunca deixa de estar.
Por Mao Punk: Decidi divulgar poesias minhas por email para alguns amigos. Uma amiga, LOah, criou esse blog com tais poesias e me permitiu editá-lo. VALEU,LOAH! Você me ajudou a expandir a expressão! Eis poesias que escrevi entre 2006 aos dias de hoje. Estão fora de cronologia,mas a expressão é livre para isso! Mais uma vez, valeu, LOah! E obrigado a todxs que leem o blog! Sem vocês a expressão ficaria limitada! PAZ E ANARQUIA!
Respeite a arte! Ao reproduzir em outros lugares a obra de algum artista, cite o autor. Todas as poesias aqui presentes foram escritas por Mao Punk.
Visite também meu blog de textos: RESQUÍCIOS DEPRESSIVOS, SUJOS E NOJENTOS .
Textos que expõem a fragilidade e indecência humanas de forma irônica, metafórica e sem embelezamentos.
segunda-feira, 21 de abril de 2025
terça-feira, 8 de abril de 2025
DISTIMIA III
Contentar-me-ia caso fosse o mundo
O motivo único da minha tristeza.
Antes fosse o caos, o fim da natureza,
Fosse a injustiça, este poço sem fundo!
Antes fosse o povo reprimido e mudo,
Antes fosse o povo reprimido e mudo,
A desigualdade, o aumento da pobreza,
O inalcançavel, os padrōes de beleza,
As religiōes, as pragas, o absurdo.
Quem me dera fosse apenas a certeza
Quem me dera fosse apenas a certeza
Da fome global, do pão faltando à mesa
E o caos ambiental acabando com tudo.
Mas além do exposto há uma dor ilesa
Mas além do exposto há uma dor ilesa
Que de tempo em tempo me leva à fraqueza:
Eis meu pensamento, inimigo profundo!
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