Respeite a arte! Ao reproduzir em outros lugares a obra de algum artista, cite o autor. Todas as poesias aqui presentes foram escritas por Mao Punk.

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Textos que expõem a fragilidade e indecência humanas de forma irônica, metafórica e sem embelezamentos.

domingo, 20 de maio de 2018

POESIA PÓSTUMA VI

A morte quando chega não avisa,
Silenciosamente ela se instala.
Não há sequer sinal a anunciá-la,
A morte quando vem nada ameniza.

Mas sorrateiramente se aproxima.
Ouviu-se um silêncio angustiante!
Por anos este vão se fez cortante,
Há tempos soa à morte toda rima.

E sem notar que ao tempo que corria
Alguma parte em mim já fenecia,
Continuei rimando a triste sorte.

Versando uma vivência sempre incerta,
Vivi para morrer como poeta,
Morri para versar a própria morte.