Respeite a arte! Ao reproduzir em outros lugares a obra de algum artista, cite o autor. Todas as poesias aqui presentes foram escritas por Mao Punk.

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Textos que expõem a fragilidade e indecência humanas de forma irônica, metafórica e sem embelezamentos.

terça-feira, 23 de abril de 2013

LOCAL

Toda ideia do que mais desejo está em mim. Então por que me sentir deslocado se sou meu próprio espaço, cheio de coisas que mais quero?

Tudo o que mais desejo, por assim dizer, sou eu. Sou eu, pois sou a ideia que carrego. E carrego anseios. Sou os anseios transbordando em mim mesmo.

Sou o anseio de mim mesmo em um espaço que é meu. E é meu por eu ser esse próprio espaço.

Sou eu a totalidade à parte do resto. Sou a poesia que espero. Estou me esperando já estando aqui.

E lá fora tudo é cinza. Mas lá fora não sou eu.

Descobrir-me-ei a mais.


quarta-feira, 17 de abril de 2013

terça-feira, 16 de abril de 2013

INDEFINIDO

Um bem gostar que não se sabe como
E nem se explica, mesmo tendo causa,
Que pede fogo quando o peito abrasa
E chora água quando aviva o fogo.

Se mais sentido, menos faz sentido;
E quanto mais se sente, mais se cresce;
E dá mais vida enquanto se padece,
Mais aparece quanto mais perdido.

Perdidamente, enfim, é como vivo,
Que já não sei versar um só motivo
Da causa justa que injustamente

Toma-me o peito, mesmo já preenchido.
Hei de viver, assim, indefinido,
Porque te amo, Amor, perdidamente!


domingo, 14 de abril de 2013

quarta-feira, 10 de abril de 2013

PERDÃO OU CASTIGO

Há tempos que não verso como deveria.
Perdoa, Poesia! Perdoa, Poesia!

Não vejo a beleza que eu poderia.
Perdoa, Poesia! Perdoa, Poesia!

O mundo mundano mandando no dia.
Perdoa, Poesia! Perdoa, Poesia!

Perdoa ou castiga-me de forma fria:
Com verso, Poesia, de dor e agonia.



sábado, 6 de abril de 2013

O GRITO


A poesia GRITOU! – TOU! TUM! –
Fez um eco-o-o-o...
                            Um treco estranho!

Tamanho foi o susto do sujeito
Que, dentro do peito, a batida que fez

Fundiu-se de vez
À poesia que GRI – TUM! TUM! – TOU-ou-ou-ou...


terça-feira, 2 de abril de 2013

POEMA DE AMOR

Há quem dê amor no toque,
Há quem dê amor no beijo,
Há quem dê amor na troca
Entre dois (ou mais) desejos.

Minha boca beija o nada
E meu tato toca o vento,
Minha troca se baseia
Em trocar de dor no peito.

Mas amor também me toma,
De amor também sou feito!
E o amor que em mim aflora
Posso dar de outro jeito.